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AmarElo, o documentário

Netflix lança filme sobre Emicida e cultura negra

13.10.20

Um show especial de Emicida no Theatro Municipal, em São Paulo, é a espinha dorsal do documentário “AmarElo – É Tudo Pra Ontem, que estreia no dia 08 de dezembro na Netflix. O filme, dirigido por Fred Ouro Preto, mescla cenas do espetáculo, bastidores, entrevistas e animações para mostrar o projeto “AmarElo”, nome do terceiro álbum de estúdio do rapper, e traçar paralelos com a história da cultura negra brasileira nos últimos 100 anos.

A Netflix anunciou nesta terça-feira, 13, a produção e exibição do documentário em sua plataforma, em acordo com a Laboratório Fantasma. As duas preparam um segundo projeto, ainda sem maiores detalhes, que será lançado em 2021.

Com duração de 90 minutos, o documentário, que tem produção de Evandro Fióti, irmão de Emicida, une três momentos históricos. Um deles é a Semana de Arte Moderna de 1922. O segundo é o ato da fundação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, que valorizou a cultura e os direitos do povo negro. E o terceiro é o espetáculo de estreia do álbum “AmarElo”, que aconteceu em novembro, mês da consciência negra, em 2019.

"São quatro décadas que separam a nossa ascensão ao palco do Theatro Municipal do encontro das pessoas do MNU naquelas escadarias. Então, subir ali e gritar 'obrigado, MNU' pro mundo é para que eles saibam que é da luta deles que nasce um sonhador como o Emicida", declarou o rapper. Na ocasião, Emicida estava muito emocionado, destacando o feito para a plateia presente ao show.

"Quando eu cheguei aqui, tudo era impossível, qualquer coisa que falávamos era tida como problemática e improvável de se realizar. Hoje, não é mais. E é dessa forma que quero que lembrem do meu nome no futuro, como alguém que sabia que o impossível era grande, mas não maior que si. O palco do Municipal abrigou alguns dos mais importantes movimentos da arte do planeta e acho que caminhamos para ser isso", completou Emicida.

A Laboratório Fantasma surgiu em 2009 pelas mãos de Emicida e Fióti com o objetivo inicial de cuidar da carreira do rapper. Mas eles entenderam que o gerenciamento da trajetória de um artista não se limitava a lançar discos e fazer turnês. O ponto central era construir uma visão de mundo e criar narrativas em torno de um estado de espírito com a ambição de melhorar não apenas pelo lado individual, e sim envolvendo comunidades.

Desse modo, a empresa expandiu sua atuação. Hoje, a Laboratório Fantasma trabalha a carreira de artistas como Rael, Drik Barbosa e Dona Jacira, além de Emicida e Fióti, e atua como plataforma de conteúdo transformador, que passa pela música, moda, literatura e pelo audiovisual.

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