Acesso exclusivo para sócios corporativos

Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Campanha de cigarro é criticada por 'apelo sobre jovens'
Campanha publicitária do cigarro Marlboro, difundida em dezenas de países - inclusive no Brasil -, virou alvo de questionamento por seu potencial apelo sobre jovens.
As peças usam frases como "Um talvez não seja convidado", "Um talvez nunca atinja o topo" e "É hora de explorar. Não mais talvez" e imagens de jovens com guitarras, skates, motos e se beijando.
Em relatório que será divulgado nesta segunda-feira (17), no Brasil, em parceria com a ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), a entidade norte-americana Campaign for Tobacco-Free Kids critica o que vê como "sedução de jovens para o fumo."
No documento, as duas ONGs pedem que a Philip Morris, fabricante da marca, encerre, no mundo, a campanha "Be Marlboro".
"A comunicação associa o consumo do tabaco à entrada no mundo adulto: ser independente, se apaixonar e ser incluído no grupo. E induz a pensar que, se não tomar a atitude [de fumar], será excluído de tudo o que o jovem quer", diz Mônica Andreis, da ACT.
Segundo o relatório, a campanha é uma tentativa de renovar a imagem da marca entre jovens, em substituição ao famoso caubói da Marlboro.
Além da crítica, o documento faz o apelo para que os governos proíbam a publicidade de tabaco de forma ampla, para reduzir a iniciação de jovens no tabagismo.
No Brasil, o relatório terá ainda uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, com cobrança para que o governo regulamente a lei federal de 2011, que baniu os fumódromos e restringiu a propaganda de cigarros - autorizando só a exposição dos maços.
No Brasil, o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) recomentdou a suspensão de uma das peças da campanha de Marlboro em 2013. O Conselho viu "má influência" sobre as crianças. Em 2013, um decreto vetou o uso das peças lançadas pela campanha na Alemanha.
A Philip Morris informou que "considera que (a campanha) está de acordo com a legislação" e que a lei federal "carece de regulamentação". Disse ainda que a comunicação é voltada "exclusivamente" para adultos fumantes. Classificou o veto alemão como "desprovido de fundamento legal" e disse que conseguiu a liberação do uso das palavras "ser" e "talvez" em novas campanhas, na Alemanha.
As informações são da Folha.