Black Friday 2023

Uma Black Friday para cada brasileiro. Foi dessa maneira que o Google apresentou o desafio desta temporada de compras para o varejo nacional. Em evento realizado para o mercado nesta quinta-feira, 28, a big tech trouxe um número impactante para a data – que neste ano será no dia 24 de novembro –: são 180 mil jornadas possíveis para cada consumidor.

Isso se refere a uma combinação de variáveis nos momentos da jornada (como a fase de pesquisa de produtos e a hora do pagamento), a diferenças nos perfis de comportamento do consumidor (são quatro, indo dos entusiasmados com a Black Friday aos cautelosos) e as jornadas médias das 30 categorias analisadas pelo Google Brasil (sendo 20 específicas do varejo) em uma pesquisa realizada pela Offerwise.

O estudo trouxe dados que demonstram que a Black Friday deste ano deverá crescer sobre a temporada passada. E, ao menos para o Google, a edição 2023 será a da Inteligência Artificial, com soluções em que a tecnologia permitirá criar campanhas mais eficientes para o varejo. Vale observar ainda que, neste ano, a data não concorre com Copa do Mundo, nem Eleições.

Em relação ao desejo de comprar algo, está claro, de acordo com a pesquisa, que os brasileiros pretendem aproveitar mais a data em 2023. Prova disso é que a intenção de compra subiu na maioria das categorias. Além disso, duas em cada três pessoas pretendem fazer aquisições na temporada. Outro resultado dá o tom do que deve ser a Black Friday 2023: neste período, a menos de dois meses do dia, as buscas pelo termo aumentaram 24% em relação ao ano anterior.

A pesquisa (que ouviu em julho 1.800 brasileiros conectados das classes A, B e C) apontou que, de 20 categorias do varejo, 16 tiveram crescimento na intenção de compra. A que mais se destacou foi a de beleza e perfumaria: a intenção subiu 18 pontos percentuais em comparação a 2022. Entre os itens, a air fryer é uma campeã de desejos: a busca aumenta 170% no período.

Sobre os consumidores, o estudo detectou que a confiança do brasileiro na economia está no maior nível desde antes da pandemia. Esse resultado, aliado a mais dois fatores percebidos nesta temporada, elevam as chances para uma Black Friday mais aquecida. “Vivemos um momento único entre os avanços da tecnologia, um consumidor mais confiante e um contexto mais favorável”, afirmou Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o varejo do Google.

Jornada mais complexa

No evento, a empresa indicou padrões de compra que se dividiram em quatro principais perfis de consumidores para esta temporada de compras. São: entusiastas (17% entre todos os entrevistados na pesquisa), preparados (14%), criteriosos (31%) e cautelosos (38%).

“Saímos de uma visão de funil, que é mais linear, para uma visão de jornada com inúmeras possibilidades, muito mais heterogênea e que varia, inclusive, por categorias. Podemos dizer que cada categoria tem uma jornada diferente”, declarou Rodrigo Paoletti, líder de produtos de performance.

Diante disso, o Google preparou soluções com IA para ajudar o varejo. Um dos exemplos é o que se chama Performance Max, campanha baseada em metas que permitir aumentar as conversões, em média, 18%, com o uso de diferentes plataformas, caso do YouTube, Discover, Display e Gmail.

Paoletti observou que a IA não é novidade no Google – no ano passado, a tecnologia já foi utilizada nas estratégias de Black Friday. Mas, desta vez, haverá uma utilização mais massiva, cruzando os vários produtos da companhia, da busca ao Maps. “Para cada consumidor, precisamos ter uma Black Friday. É preciso estar preparado para essas jornadas cada vez mais imprevisíveis. A IA permite entender o melhor momento de se conectar com o consumidor”, completou.

Mas nem tudo é IA. O Google lançará em outubro um recurso para os varejistas que promete atrair mais compradores. Trata-se do Anotações de Frete. Por meio desse indicador, os consumidores vão poder saber os produtos com frete grátis, entrega mais rápida e devolução gratuita.