Celular reciclado

Os consumidores dos EUA querem ajudar o meio ambiente reciclando telefones celulares, mas a maioria precisa de uma recompensa para isso.

Pesquisa da ABI Research aponta que 38% dos consumidores norte-americanos afirmam ter encaminhado seus celulares antigos para reciclagem. Desses, 70% doaram seus aparelhos usados para organizações de caridade, para ter redução em impostos.

Apenas 5% afirmam que deram os dispositivos para reciclagem sem nenhum tipo de incentivo.

Dos consumidores que não reciclaram seus telefones, 90% afirmam que fariam isso se fossem receber dinheiro, créditos em lojas ou redução de impostos, revela a ABI.

Os consumidores norte-americanos não são os únicos que se interessam mais por reciclagem quando recompensas estão envolvidas, segundo a Nokia.

“Nós percebemos que ofertas de recompensa aumentam a chance de as pessoas devolverem seus telefones”, disse a gerente de comunicações para sustentabilidade da Nokia, Saara Tahvanainen.

A Nokia oferece serviços, ofertas em dinheiro e promessas de plantar uma árvore para cada celular devolvido, enumera a executiva. “Mesmo quando o incentivo envolve dar nosso dinheiro para caridade, o interesse aumenta.”

Saara também considera que mais do que oferecer recompensas, tornar a prática de reciclagem o mais fácil possível para consumidores é o mais importante.

Operadoras e fabricantes de celulares estão desenvolvendo projetos de reciclagem, e as metas que estão tentando cumprir são altas. A operadora móvel norte-americana Sprint pretende reciclar 90% dos seus aparelhos, mas até agora só conseguiu cerca de 30%, de acordo com a ABI.

O objetivo da Nokia é reciclar um aparelho para cada outro que é produzido, segundo a executiva. Atualmente, a empresa finlandesa estima reciclar de 5 a 9 milhões de aparelhos por ano. Durante o terceiro trimestre, a Nokia vendeu 108,5 milhões de dispositivos móveis.

Porém, mesmo que muitos telefones não sejam reciclados, isso não significa que eles acabem em depósitos de lixo. Muitos dos aparelhos ficam guardados em gavetas, ou são doados a outras pessoas, lembra Saara.

As informações são do IDG Now!.