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Indústria do tabaco tenta influenciar jornalismo, diz relatório
Um relatório divulgado na quarta-feira (30) pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) mostra que as principais fábricas de cigarros no Brasil tentaram influenciar empresas jornalísticas e associações de bares e restaurantes, financiaram pesquisas e patrocinaram campanhas por liberdade de escolha e boa convivência entre fumantes e não-fumantes.
Documentos das próprias empresas, tornados públicos nos Estados Unidos e no Canadá depois de ações judiciais naqueles países, foram base para o relatório.
Os papéis revelam que a indústria tentou conter o avanço da legislação que bania o fumo em locais públicos e evitar que o Brasil assinasse a Convenção-Quadro sobre Controle do Tabaco da Organização Mundial de Saúde.
A organização mostra que as indústrias começaram atacando a idéia de que o tabaco causava dependência e a de que o fumo passivo também causava doenças como câncer.
Um dos maiores investimentos da indústria tabagista no Brasil foi em programas de convivência entre fumantes e não-fumantes. Quando o governo brasileiro adotou legislação que estabelecia áreas para não-fumantes em ambientes fechados, ela foi vista como uma vitória pela indústria. Segundo o relatório, as fabricantes de cigarros trabalharam junto a associações de bares e restaurantes - seus profissionais chegaram a usar cartões de visitas das associações - em defesa de leis menos restritivas.
Além do forte marketing, com patrocínio de eventos culturais e esportivos, a indústria investiu em seminários para jornalistas. Os encontros, um deles realizado em Miami, juntavam diretores das empresas com especialistas e pesquisadores patrocinados pela indústria.
Nesta quinta-feira (31) é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Com informações do jornal O Estado de S.Paulo.