Cinco Minutos

Cinco Minutos é um espaço para publieditoriais do Clubeonline.

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No terceiro episódio do “Bodecast – Colocando o bode no meio do estúdio”, a PXP/Publicis Production traz para o centro da conversa um dos temas mais urgentes da indústria criativa: o lugar do craft em um mundo guiado pela velocidade e pela lógica do scroll.

Captado ao vivo, durante o Festival do Clube de Criação, este papo reúne Gustavo Victorino, CCO da Talent, Raphael Vieira, diretor criativo da Play9, e Tato Bono, chief production officer do Publicis Groupe e presidente da PXP/Publicis Production, com a participação do co-host Tobias Fofudo, o bode.

Como ponto de partida, Tato provoca: “A gente vive um momento em que todo mundo produz o tempo todo. É conteúdo em volume, em velocidade e em todas as plataformas. Mas será que a pressa não está custando o olhar? Onde fica o tal do craft?”. A pergunta norteou o papo, numa mistura de reflexão e prática sobre o equilíbrio entre tempo, estética e propósito na comunicação.

Para Victorino, o craft segue sendo um diferencial competitivo, mas agora precisa ser pensado sob uma lógica de relevância. “Não dá mais para ser só bonito. O craft tem que ser útil, coerente com o contexto da marca e com o momento de consumo”, afirma o criativo, lembrando que “quando a execução é bem-feita, a mensagem dura mais, e esse é o verdadeiro valor do craft”.

Raphael relacionou estética e narrativa digital. “Hoje, a peça precisa funcionar na timeline de alguém que está passando o dedo sem parar. Isso não significa abrir mão de qualidade, mas traduzir o craft para essa nova dinâmica. É saber contar a história em dez segundos e ainda assim emocionar”.

O episódio também discute como a relação entre criação e produção se transformou nos últimos anos. Segundo Victorino, o trabalho colaborativo é indispensável. “A produção deixou de ser a etapa final. Quando produtor e criativo se juntam, no começo do processo, o resultado é muito mais potente. O craft nasce dessa troca, não do controle”, explica.

Em outro momento, Raphael destaca o impacto das novas tecnologias e dos creators. “A IA democratiza o acesso, mas também banaliza a entrega. Todo mundo pode criar, mas nem todo mundo tem curadoria. O olhar humano é o que dá identidade ao que a gente faz”, afirma.

Encerrando a conversa, os convidados defendem uma visão mais equilibrada entre performance e expressão criativa. “A gente precisa parar de achar que rapidez e qualidade são inimigas. O futuro é híbrido, rápido, mas com propósito”, conclui Victorino.

Bodecast é uma iniciativa da PXP/Publicis Production, unidade de produção do Publicis Groupe. O podcast foi criado para abordar com humor, leveza e transparência os temas mais desafiadores da indústria. A proposta é fomentar conversas abertas, inspiradoras e provocativas sobre os bastidores da produção criativa.

O episódio completo está disponível no YouTube do Publicis Groupe Brasil.

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