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Classificação indicativa

Estudo compara controle da programação em outros países

20.06.07

Um documento que será distribuído pela Andi (Agência de Notícias da Infância) nos próximos dias trará uma das principais argumentações da entidade no encontro que ocorre nesta quarta-feira (20) em Brasília, entre contestadores e favoráveis à portaria 264, que reajusta os termos da classificação indicativa na TV.


O estudo reúne uma série de entrevistas coletadas pela Andi entre profissionais que são responsáveis pela classificação indicativa em outros países. A idéia é mostrar que o controle sobre a programação de TV no Brasil ainda é muito frágil em relação a países como França, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra.


Em nenhuma dessas nações se pratica a auto-regulação, reivindicada no Brasil pelas emissoras de TV. Nesses países, o controle exercido por órgãos cujos representantes são nomeados pelo governo, com uma cartilha de regras que estabelece vínculo explícito entre faixas etárias recomendadas e horários. Na Inglaterra e na França, esses órgãos - Ofcom (Office of Comunications) e CSA (Conseil Supérieur de l'Audiovisuel) -, têm até poder para cassar a licença de um canal que persistir nas infrações cometidas.


No Brasil, abusos só são punidos via Ministério Público e caso o Judiciário acate a denúncia.


Assinada pelo então ministro Márcio Thomaz Bastos, a portaria 264 deveria ter entrado em vigor em 13 de maio. Na antevéspera, o atual ministro, Tarso Genro, resolveu ceder ao pedido das emissoras de TV e adiou em 45 dias os dois principais termos da portaria: a vinculação de horário a faixa etária, que agora pede inclusive respeito a fusos horários locais, e a exposição, antes de cada programa, de símbolos que identifiquem a que faixa etária se destina aquela atração (Globo e Cultura já têm adotado tais símbolos).


Com informações do jornal O Estado de S.Paulo.

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