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Aprosom se posiciona sobre 'mesas de compra'
A Aprosom (Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários) enviou comunicado posicionando-se contrária à maneira "com que muitas empresas do setor industrial vêm pretendendo contratar obras intelectuais constituídas de trilhas sonoras."
Segundo a entidade, algumas empresas não estão avaliando o trabalho das produtoras de som pela sua qualidade artística e técnica, mas pelo menor preço.
Confira abaixo o comunicado na íntegra:
"A Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários (Aprosom) e as produtoras fonográficas publicitárias que compõem seu quadro associativo vêm manifestar-se publicamente contra a forma com que muitas empresas do setor industrial vêm pretendendo contratar obras intelectuais constituídas de trilhas sonoras.
Como é de conhecimento, essas empresas, para a contratação de Criação Fonográfica Publicitária, pretendem proceder a avaliação das Produtoras não pela qualidade artística e técnica, mas sim pelo menor preço obtido e por outras condições que não dizem respeito à qualificação das Produtoras e das obras a serem desenvolvidas. Para a Aprosom, isso é absolutamente inaceitável, seja sob o aspecto comercial/negocial, seja sob o aspecto de resultado final dos trabalhos desenvolvidos, em claro prejuízo não só às Produtoras de Som, como também às próprias empresas contratantes.
Trilhas sonoras são criações intelectuais e, face às suas peculiaridades, é fácil constatar que o que diferencia e destaca, o que encanta a obra para o consumidor, é a qualidade técnica e artística de tais criações e sua memorabilidade.
As criações intelectuais devem ser contratadas não só em decorrência do menor preço obtido, mas também pela melhor qualidade técnica e artística oferecida.
A contratação das Produtoras para realizar tais trabalhos intelectuais mediante negociação nas chamadas mesas de compra, que impõem condições inaceitáveis e até mesmo através de leilão reverso, se torna completamente inviável.
Condições usadas no mercado para previsão de custos, como briefing, versões, renovações, reutilizações, formas e prazos de pagamento são completamente renegadas por tais mesas de compra, que criam condições próprias, tabelas de valores e as impõem aos pretendentes de seus trabalhos.
Independente de ser um único efeito sonoro ou uma orquestra completa, o pensamento e tratamento dessa criação por tais mesas de compra não leva em consideração todas as variáveis existentes a não ser o preço.
Nas contratações de obras intelectuais deve ser observado, igualmente, que seus criadores e a empresa que as organizam e as realizam detêm direitos autorais e conexos, que devem ser objeto de negociação e consideração juntamente com a produção propriamente dita.
O reconhecimento desses direitos corresponde à obrigação de remunerar seus titulares pelo uso, pelas reveiculações, renovações das concessões de uso das obras intelectuais e não se esgota na apresentação e entrega ao cliente, mas permanece íntegro, nas utilizações futuras e em todos os acréscimos de uso, além dos estabelecidos originalmente.
É de se ressaltar que as Produtoras são responsáveis e obrigadas(como não poderia deixar de ser) pelo pagamento dos profissionais que atuam na criação, interpretação, produção e execução das trilhas sonoras.
Não se pode mais aceitar condições absolutamente inviáveis economicamente. Não se pode aceitar o aviltamento da atividade artística e técnica das Produtoras Fonográficas Publicitárias e nem de seus direitos autorais e conexos.
Por isso, as produtoras, que agora apresentam este manifesto público, reiteram sua proposta de negociação com os clientes para encontrar caminhos que levem à uma solução dessa pendência, mas que seja boa para todas as partes, mantendo-se abertas ao diálogo com seus clientes para negociar a forma de suas contratações, atendendo as regras legais, comerciais e éticas, que devem reger o relacionamento entre as partes contratantes.
A Aprosom e suas empresas associadas desejam, com este posicionamento, colaborar com os anunciantes do Brasil no sentido de cada vez mais proporcionar uma propaganda eficaz, sintonizada com o crescimento econômico do país e que traga às suas marcas credibilidade, talento na comunicação, visibilidade e lucros. Essa é uma luta pela qualidade.
Aprosom
Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários
São Paulo, 1 de Junho de 2011"
Comentários
magda - Empresas, leia-se AmBev, principalmente. Tiraram a Tesis do pool e vao enfiar uma chamada Ritmica, q entrou no jogo dos caras e aceitou o leilão.
Marlones - Hilton Raw também aceitou o leilão. Comando S, Menina, Apolo....
Ruth - Participar de leilão não é pecado. Pecado é combinar que não vai participar e depois trair o combinado.
Caca - É melhor pararem de citar nomes aqui, pq ninguem sabe ao certo o que houve nesse leilão. Perguntem para a Thais da Ambev.
Mathias. Agências grandes como as que atendem Ambev nao podem aceitar que uma profissional de almoxarifado escolha quem vai fazer as trilhas dos comerciais de suas marcas. Isso não é só fim do mundo, é pra lá do fim do mundo. Reajam!!! Ou daqui a pouco será essa tais e cia que estara escolhendo as proprias agencias num guiche de vendas.
Mateus - A Coca-Cola faz o mesmo q a Ambev.
Sonia Regina Piassa diretora executiva da APRO - Caros,
Participar de um leilão reverso é a maneira mais rápida de acabar com sua produtora....Muitas produtoras de filmes estão revendo suas posições, os pools estão virando piada. QUEM TÁ DENTRO QUER SAIR E QUEM TÁ FORA QUER ENTRAR. Como Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais - APRO - nos posicionamos inteiramente contrários a leilões reversos , pools e exigências predadoras de compradores de insumos, somos artesões de peças únicas. A ótica do diretor é que imprime o caminho do filme e esse caminho pode diferir radicalmente de um diretor para outro. Todos estão carecas de ouvir isso. Mas o pessoal de compra e suprimentos só pensa na economia que irá fazer sem o menor respeito aos nossos apelos. Se fizermos um estudo, mesmo que superficial, do que eram nossos filmes publicitários antes dessas mesas de compras de insumos, pools e leilões, facilmente veremos que quem mais perdeu foram os anunciantes...EM NOME de UMA ECONOMIA "PORCA" , o INTERVALO COMERCIAL das EMISSORAS de TV VIROU UMA TORTURA PARA OS CONSUMIDORES.
Shirlei Gonçalves - Esse texto reflete a causa da crise no nosso mercado , realmente um absurdo.
Anna - Afffeeee - aonde chegamos... o que é ritmica?
Deja-vu - Meu Deus.....Há anos é o mesmo discurso....E não se fez nada até hoje.... Será que agora vão querer resolver tudo ?