Consumo

Estudo da Gallup Consulting dá conta de que 60% dos brasileiros estão descontentes com a marca de seus automóveis.

Tanto aspectos racionais quanto emocionais do relacionamento do consumidor com a marca do produto foram levados em consideração na pesquisa.

Do total do universo pesquisado – 640 pessoas nas principais capitais do país, com renda individual acima de três salários mínimos -, apenas 9% disseram ser apaixonados pela marca de seu carro.

Já no banco de dados mundial da Gallup a média de proprietários de carros apaixonados pela marca é de 19%. Na seqüência das características emocionais do relacionamento consumidor com o carro, 27% afirmaram ter orgulho da marca, 25% reconhecem integridade e 23% sentem confiança. Esses mesmos itens alcançam índices de 48%, 36% e 35%, respectivamente, nas pesquisas globais com consumidores de carros.

Sergio Pais, consultor da Gallup Consulting, contextualiza a aquisição de um automóvel em tempos de juros mais baixos e de maiores prazos de crédito. “O carro deixou de ser visto como patrimônio da família, para ocupar lugar na lista de commodities, como item de primeira necessidade e que pode ter seu preço incorporado aos gastos mensais da família. Porém, é no relacionamento, especialmente, nas concessionárias, que existem lacunas a serem preenchidas por atitudes que garantam a retenção do consumidor à marca”, analisa.

Dos mais de dois milhões de carros vendidos este ano, alta recorde de 30,4%, segundo a Fenabrave, mais de 70% dos negócios são realizados com recursos financiados, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

Por conta das facilidades na compra, o consumidor se sente mais livre a trocar o carro caso se sinta insatisfeito com o pós-venda.

Dentre os principais fatores que impactam positivamente a satisfação do consumidor em relação à marca, estão o conforto, custo de manutenção e o consumo de combustível.