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Criado-Mudo

Ale Lucas, da Duda, conta ao lado do que ele dorme

13.04.05

Dia desses, me peguei apertando o olho para enxergar as letrinhas da minha leitura de cabeceira.


Depois de alguns segundos de tristeza pela constatação
de que estou ficando velho e precisando de óculos, percebi o real motivo da minha dificuldade: a luz da luminária do meu criado-mudo estava fraca.


Ao olhar com mais atenção, descobri o porquê. A pilha de livros ao
lado dela era gigantesca, não deixando que a luz chegasse até mim.


Antes de transplantar parte da pilha para a estante, selecionei algumas coisas que vão continuar lá, esperando pacientemente:
Bob Dylan Chronicles (imperdível); a primeira biografia em língua inglesa sobre Serge Gainsbourg, um músico francês que foi uma mistura de Keith Richards com Mick Jagger; o roteiro de filmagem de Eternal Sunshine of the Spotless Mind, de Charlie Kaufman (meu novo ídolo, tenho todos os roteiros do safado); O Som e a
Fúria, de William Faulkner; Compilação Poética, de T.S. Eliot; Conversas com Picasso, de Brässai; as revistas inglesas de música Mojo, Uncut e Q (que eu assino e amo).


Ou seja, deixei quase tudo lá. É, pelo jeito vou continuar
com problemas de leitura.

Alexandre Lucas
Diretor de Criação
Duda Propaganda

Criado-Mudo

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