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Criar com Saúde

Hipertensão arterial: silenciosa mas fatal

15.07.10

Como o próprio nome sugere, a hipertensão arterial se caracteriza por elevação dos níveis da pressão, acima de um valor médio considerado normal para a população em geral.

Medimos a pressão em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo normal uma pressão diastólica (mínima) entre 60 e 80 mmHg, e pressão sistólica entre 110 e 140 mmHg, medida pelo esfigmomanômetro (aparelho de pressão).

São considerados hipertensos os indivíduos que mantêm pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg durante seguidos exames, quando realizados em condições ideais, após algum repouso.

Trata-se de condição muito frequente. Estima-se que entre uma a duas pessoas a cada cinco são hipertensas. Em geral, a hipertensão está associada a hábitos de vida tais como obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, estresse e tabagismo. O fator hereditário também tem papel importante na hipertensão.

A grande maioria dos casos é considerada como hipertensão primária ou essencial, referindo-se ao desconhecimento das verdadeiras causas que levaram à elevação da pressão, mesmo que se conheçam os fatores de risco acima citados.

Conhecemos as duas medidas da pressão: a máxima (sistólica) e a mínima (diastólica). Alguns estudos antigos sugeriam que a pressão diastólica elevada seria mais deletéria para a saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento de qualquer uma das duas, mesmo isoladamente, já  é fator de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e AVC (derrame cerebral), além de insuficienência renal.

Existem causas mais raras de hipertensão (chamadas de secundárias) que o médico poderá suspeitar em função de uma avaliação clínica (causas endócrinológicas, por exemplo).

Em relação aos sintomas, vale ressatar que hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, sangramento nasal. Esta 'falta de sintomas' pode fazer com que o paciente esqueça de tomar seu medicamento ou até mesmo desista do uso, o que aumenta a chance de complicações.


 O tratamento sempre passa por modificações de estilo de vida, como redução de peso e aumento da atividade física. Redução da ingestão de sal também é muito eficaz no controle. O uso de um ou mais tipos de medicação pode ser indicado em vários casos, objetivando o estrito controle dos níveis pressóricos.

Dr. André F. Reis
andrefreis@terra.com.br


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