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Diabetes Mellitus
O diabetes Mellitus atinge cerca de 8% de nossa população.
É uma das doenças crônicas mais prevalentes em todo o mundo.
Apesar de estar associado a graves problemas de saúde (ver abaixo) as conseqüências do diabetes podem ser efetivamente controladas com a manutenção das taxas de glicose o mais adequadas possível.
Esta boa notícia tão importante é relativamente nova, sendo que a ciência só pôde constatá-la através de grandes estudos publicados nos últimos 20 anos.
O QUE É O DIABETES MELLITUS E QUAIS OS TIPOS MAIS COMUNS?
O Diabetes Mellitus é sempre secundário à deficiência total ou relativa da insulina, que tem como função promover o aproveitamento da glicose circulante no sangue como fonte de energia para as células do organismo.
O diabetes também ocorre quando o efeito da insulina é insuficiente (apesar de se encontrar insulina circulante em níveis até elevados), resultando na chamada resistência à insulina, muito comum em diabetes tipo2 do adulto (ver em seguida).
Na falta da insulina, ou quando sua ação é insuficiente, a glicose se acumula no sangue caracterizando a marca do diabetes: a hiperglicemia.
Existem dois tipos principais de diabetes: o tipo 1 (antes chamado de juvenil), que em geral se inicia em idades mais precoces por falta absoluta de insulina, e o tipo 2 (do adulto), que representa a maior parte dos casos (perto de 90%), sendo freqüentemente associado à obesidade, histórico familiar, sedentarismo, com a resistência à insulina como mecanismo mais importante, ao menos em fases iniciais da doença.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS?
Os sintomas podem ser leves e passar desapercebidos por muitos anos, sobretudo no diabetes tipo 2. Quando presentes são eles em intensidades variadas: sede exagerada, aumento do volume urinário; cansaço excessivo; dores nas pernas, perda de peso; fome acentuada, vista embaçada.
COMO SE TRATA O PACIENTE COM DIABETES?
O tratamento consiste em uma dieta balanceada (individualizada), exercícios físicos e, quando for o caso, medicamentos, desde que prescritos por um médico. O objetivo principal do tratamento é o controle adequado da taxa de glicose que, na maioria dos casos, evita o aparecimento ou progressão dos problemas vasculares. No diabetes tipo 1 o uso de insulina é sempre necessário. No diabetes tipo 2, pode-se empregar medicações por via oral isoladamente ou em outros casos a associação com a insulina.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES OU PROBLEMAS PARA A SAÚDE SECUNDÁRIAS AO DIABETES MELLITUS?
Retinopatia diabética: alterações nos olhos, caracterizadas por lesões nos vasos da retina, que podem acarretar pequenos sangramentos e levar à perda da acuidade visual. O exame rotineiro do fundo de olho pode detectar essas alterações precocemente, propiciando a chance de tratamento em fases ainda iniciais;
Nefropatia diabética: alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina e, posteriormente, podendo levar a uma lenta redução da função do órgão. Essa alteração é controlável e existem exames para sua detecção precoce, propiciando tratamento específico e impedindo, na maioria dos casos, sua evolução.
Neuropatia diabética: comprometimento dos nervos, que levam a alterações de sensibilidade (aumento ou redução da percepção da dor, temperatura etc.), principalmente nas pernas e nos pés e também nas mãos. Além da avaliação clínica, alguns exames específicos podem detectar essas alterações em estágios precoces.
PODEMOS EVITAR O SURGIMENTO OU CONTROLAR A EVOLUÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS?
Sim. Como comentado na introdução, com a divulgação de grandes estudos médicos, sabemos hoje que é possível controlar e evitar a progressão da maior parte das complicações do diabetes.
Para isso, é necessário manter o diabetes sob controle assim como outros fatores de risco, como a hipertensão arterial e a elevação do colesterol sanguíneo. Existem exames preconizados que devem ser realizados regularmente e detectam precocemente estas complicações, possibilitando o tratamento adequado.
Dr.André F. Reis
e-mail:andrefreis@terra.com.br
Veja o tema anterior:
Estresse, trabalho e depressão