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Criar com Saúde

Obesidade: cada sexo com a sua

15.01.09

A obesidade é uma doença crônica que resulta da associação e interação de fatores genéticos, dietéticos, ambientais, psicológicos e até mesmo sociais. Sabemos que boa parte da população guarda um patrimônio genético de predisposição ao ganho de peso (formação de reserva energética), que se manifesta com a maior oferta de alimentos e com a redução da atividade física (lembrar que nossos antepassados necessitavam caçar para conseguir alimentos).

A obesidade é considerada uma doença epidêmica, sendo grave problema de saúde pública mundial, inclusive em países em desenvolvimento como o Brasil. Como exemplo, estima-se que nos EUA ocorram cerca de 300 mil mortes por ano diretamente relacionadas à obesidade, sobretudo pela associação com outras doenças, tais como diabetes e hipertensão arterial.


Como definir obesidade?

A organização mundial de saúde (OMS) define obesidade como o excesso de gordura no organismo, sendo que existe a classificação de sobrepeso, definida como excesso de peso corpóreo.

Estas classificações levam em conta o cálculo do IMC (índice de massa corporal) através da fórmula IMC= peso (em kg) dividido pelo quadrado da estatura (em metros).

A faixa de IMC considerada normal para ambos os sexos varia de 18,5 a 24,9 kg/m2. Defini-se sobrepeso quando o IMC encontra-se entre 25 e 29,9 kg/m2 e obesidade quando se encontra acima de 30 kg/m2.


Acredita-se que cerca de 7% da população mundial adulta tenha obesidade, segundo estes critérios.


Em relação aos gêneros, existe diferença entre os sexos e os tipos obesidade?

Sim. Nos últimos anos, vem sendo definido que o depósito de gordura intra-abdominal, típico dos homens, chamado de obesidade visceral (concentrada na barriga, tipo maçã) é mais associado com alterações de colesterol, pressão arterial, diabetes e doença cardiovascular. As mulheres tendem a concentrar mais gordura na região do quadril, sendo que esta obesidade (em pêra, como se diz) está menos associada com as alterações metabólicas citadas.
 
Existem causas orgânicas (doenças) que podem causar obesidade?

Sim. Entretanto elas são responsáveis pela grande minoria dos casos. Algumas doenças hormonais com distúrbios do cortisol, dos hormônios tiroidianos, doenças genéticas podem cursar com obesidade. O médico treinado pode facilmente identificar estes casos e propor o tratamento adequado.
 
Como se proteger da obesidade?

Isso passa pela modificação e organização de hábitos alimentares mais saudáveis, como ingestão de frutas, legumes e verduras e redução do uso de alimentos muito gordurosos e excesso de carboidratos, além da prática regular de exercícios físicos. As crianças (que imitam os pais!) devem começar a incorporar estes hábitos em idades precoces!


Dr. André F. Reis
Endocrinologia & Diabetologia

e-mail:andrefreis@terra.com.br
 
veja os temas anteriores aqui:

julho: pré-diabetes
agosto: tiróide sempre acusada: culpada ou inocente?
setembro: sedentarismo: abandone está idéia.
Outubro: stresse, trabalho e depressão
Novembro: diabetes mellitus
Dezembro: colesterol

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