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De AM para FM
1ª fase de migração das emissoras de rádio deve ser concluída em agosto
O processo de migração das 1800 rádios que operam em ondas médias (AM), no Brasil, para o sistema de frequência modulada (FM) deve concluir a sua primeira fase entre 24 e 27 de agosto, quando será realizado o Congresso da SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão), integrado ao SET EXPO, em São Paulo.
Acreditamos que daqui até lá a maioria das emissoras de AM possa ter concluído de forma voluntária a migração, prevê Rodrigo Neves, presidente da Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo (AESP).
A previsão coincide com a realizada pelo Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva, durante a assinatura, no dia 12 de março, da Portaria Nº 127, publicada em 13 de março, que definiu como os radiodifusores devem proceder para pedir a mudança da frequência e a forma como os processos vão ser analisados pelo MiniCom e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Na ocasião, ele disse ter a expectativa de poder anunciar as primeiras rádios migradas durante o Congresso da SET.
A migração das rádios AM para a faixa FM é muito importante, em especial para o radiodifusor que opera em ondas médias e tem sofrido com a perda de audiência, devido à qualidade ruim de som e dos problemas de interferência inerentes à faixa, diz André Felipe Seixas Trindade, engenheiro de Comunicações da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel).
Autorizada em novembro do ano passado, com a assinatura do Decreto Nº 8.139, pela presidente Dilma Rousseff, a migração dos canais deve passar por sessões públicas em cada Estado brasileiro, nas quais os radiodifusores poderão fazer solicitação formal de migração por meio de formulário. Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Santa Catarina já possuem sessões marcadas para esta segunda-feira (24).
Após o dia 9 de abril, em que está previsto o término das sessões públicas, caberá à Anatel, que é responsável pela administração e atualização do Plano Básico de Canais na faixa FM, a realização de estudos de viabilidade técnica em cada unidade da federação para determinar se há espaço para a migração de todas as emissoras interessadas em cada município, segundo texto do próprio Ministério das Comunicações.
Mudar de AM para FM representa investimento de em média R$ 140 mil. O valor cobre o pagamento da adaptação da outorga (diferença dos preços de outorga da faixa AM para a de FM) e os custos de modificação de estúdio, transmissor, de antena e torre.