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Em Londres

Homens vencem caso de 'discriminação por sexo'. WT vai recorrer

26.07.21

Chas Bayfield Dave Jenner, ex-executivos da J. Walter Thompson no Reino Unido, ambos brancos, heterossexuais, na faixa dos 50 anos, venceram na Justiça um caso de discriminação sexual contra a agência do grupo WPP.

Eles alegaram que foram demitidos depois de uma iniciativa de diversidade adotada pela agência em 2018. Um tribunal em Londres decidiu agora que eles foram discriminadospor causa do sexo”.

A dupla deve receber um valor não divulgado da Wunderman Thompson, agência resultante da união da Wunderman com a JWT.

"Nós definitivamente fomos discriminados por causa de coisas sobre as quais não tínhamos controle. Não queremos que isso aconteça com ninguém e é por isso que fomos ao tribunal. Queremos que as pessoas sejam encorajadas por isso e se sintam um pouco mais seguras em seus empregos", declarou Bayfield à revista britânica Campaign.

A Wunderman Thompson, no entanto, anunciou que irá recorrer: "Iremos apelar da decisão do tribunal sobre eventos que ocorreram dentro da empresa J. Walter Thompson em 2018. Não toleramos qualquer forma de discriminação ou assédio e estamos comprometidos em oferecer um local de trabalho inclusivo em que todos sejam tratados de forma justa".

Bayfield, Jenner e três outros colegas foram demitidos depois de levantarem preocupações a respeito de comentários feitos pela então diretora de criação da JWT Jo Wallace, em uma conferência. Ela teria se apresentado como uma mulher homossexual e dito que queria "destruir" a reputação de que a agência estava cheia de homens heterossexuais brancos e privilegiados, depois que a empresa revelou um gap salarial entre homens e mulheres de 44,7%.

No julgamento, o juiz do trabalho Mark Emery avaliou que a "a demissão dos reclamantes foi por causa de seu sexo". "Consideramos que um fator significativo na mente dos acusados naquele momento era a questão das disparidades salariais de gênero, e que um motivo para demitir os reclamantes era que haveria um impacto, tanto em termos de números, quanto pela perspectiva de abrir vagas de alto escalão que poderiam ser preenchidas por mulheres."

Além de terem sucesso em sua ação por discriminação sexual, as reivindicações de demissão injusta foram parcialmente acatadas. Mas as alegações feitas pelos homens de que eles foram discriminados por sua idade, orientação sexual e raça foram rejeitadas.

A Wunderman Thompson contestou todas as reclamações e afirmou que os homens foram demitidos de forma justa.

Leia anteriores sobre o assunto aqui e aqui.

Leia a matéria da Campaign na íntegra aqui.

Em Londres

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