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Roger Bassetto exibe suas obras na Lowe
Desde o dia 12/12 estão expostos na sede da Lowe, em São Paulo, trabalhos do diretor de arte e artista plástico Roger Bassetto. A mostra chama-se "I don't want to grow up" (aposto que todo mundo, depois de ler o título gritou internamente: Eu também não!!)
Seguem abaixo, dois textos que fazem parte do catálogo da exposição e que deixam mais transparentes as propostas do artista:
"Coincidência ou não, quando Roger Bassetto me convidou para escrever sobre o projeto "I don't want to grow up", estava às voltas com o livro 'A Repetição', do austríaco Peter Handke, e encontrei o seguinte trecho: '...recordação não significava que o que havia sido estava retornando; e sim: o que havia sido, mostrava, ao retornar, o seu lugar'.
Assim, o artista revira o baú da infância para buscar a origem das emoções tão marcantes que se vêem refletidas nas pinturas e colagens desta exposição, cujo tema encanta com sua relativa simplicidade (será que é tão simples ser criança?). Com uma técnica amadurecida e a liberdade de quem já não precisa mais se preocupar com o lápis de cor escapando dos limites da figura, Roger Bassetto apresenta uma abordagem de inspiração muito particular daquela criança que, na alegria de ganhar um brinquedo ou no medo do escuro, todos fomos. E que está sempre por perto, em um lugar só seu".
Roger Rocha
"Há algum tempo descobri que minha mãe tinha guardado alguns desenhos da minha infância (aah, as vantagens de ser filho único). São trabalhos que fiz quando tinha por volta de quatro, cinco anos. Fiquei absolutamente tocado, principalmente porque pude reconhecer alguns ícones do meu tempo: o National Kid, o Robô Gigante, o Tundro dos Herculóides. Fiquei tão tocado que resolvi
dialogar comigo mesmo, mais de trinta anos depois. No meio da jornada, meu filho Victor, com quatro, cinco anos, também colaborou com desenhos seus e com algumas pinceladas. Essas pinturas e colagens são o resultado desse reencontro, que por ser impossível - coisa do Túnel do Tempo - é tão verdadeiro. Os trabalhos têm a liberdade de uma criança e as ansiedades de
um adulto. E vice-versa.
(ps: o título da exposição e de algumas obras, são homenagens às músicas de Tom Waits, coisa de adulto)
Roger Bassetto