Acesso exclusivo para sócios corporativos

Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Zara lança 'selo de procedência' na véspera de CPI
Na véspera de depor na CPI do Trabalho Escravo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a rede espanhola de roupas e acessórios Zara apresentou um novo projeto social, chamado "Fabricado no Brasil".
A ideia é etiquetar as roupas vendidas nas 57 lojas da marca, no país, com um QR code - código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares.
Quando lida pelo smartphone, essa "etiqueta social" levará o consumidor a uma página na internet com informações básicas do produto, além de detalhes sobre o fornecedor da peça, a data da última auditoria feita pela rede espanhola e se atendia a todos os requisitos de segurança e condições do trabalho exigidos pelas leis brasileiras.
Também haverá um contato do fornecedor, em caso de dúvida ou de desconfiança da procedência do produto.
O projeto, anunciado nesta terça-feira (20), em São Paulo, ainda é piloto e abrangerá apenas alguns produtos, neste ano, sendo estendido para todas as lojas no Brasil da rede no ano que vem, segundo João Braga, presidente da Zara Brasil.
"Queremos partilhar com clientes e sociedade nosso trabalho de responsabilidade social para trazer clareza e transparência sobre toda nossa cadeia de fornecimento", afirmou. Se der certo, o uso da "etiqueta social" será ampliado para outros países.
O lançamento do projeto aconteceu no dia anterior ao depoimento da empresa na CPI do Trabalho Escravo da Alesp, que vai apurar a exploração de mão de obra em atividades econômicas, em todo o Estado. As investigações começaram em 2011, motivadas pelos flagras de trabalho análogo à escravidão em duas confecções em São Paulo que forneciam produtos para a Zara Brasil (leia aqui).
Leia anterior sobre a condenação do TST à C&A, no dia 12 de maio, por reduzir seus empregados a condições análogas a de escravo, aqui.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Trabalho bloqueou R$ 1 milhão da M.Officer, para garantir os direitos de trabalhadores resgatados em condições degradantes, análogas às de escravos (leia aqui).
Em outubro, o Ministério Público do Trabalho decidiu que a rede Lojas Americanas terá de fiscalizar seus fornecedores para coibir a ocorrência de trabalho análogo à escravidão em sua cadeia produtiva e pagará multa de R$ 250 mil (leia aqui).
Em julho, a Les Lis Blanc foi envolvida em denúncia semelhante (aqui). Em março, a GEP, que é formada pelas marcas Emme, Cori e Luigi Bertolli, e que pertence ao grupo que representa a grife internacional GAP no Brasil, foi acusada de usar mão de obra em condição análoga à escrava (aqui).
Leia matéria da Veja na íntegra aqui.