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Sangue rubro-negro, na seção Making Of
Rodolfo Fernandes, criativo, e Junior Bottura, profissional de atendimento, ambos da Leo Burnett Tailor Made, estiveram no Festival do CCSP 2013 para apresentar o premiado case Meu sangue é rubro-negro (veja aqui), fruto de campanha criada em 2012 para incentivar a doação de sangue em Salvador. A ação, que teve como foco principal a torcida do Vitória e ganhou repercussão nacional e internacional, contou com parceria do Hemoba (Hemocentro da Bahia).
Durante a apresentação, Fernandes e Bottura revelaram como surgiu a ideia de fazer a campanha. Pensamos em criar algo que incentivasse as pessoas a doar sangue sem ser numa situação de urgência ou para alguém próximo. Foi então que pensamos em associar esta ação a um time de futebol, que é algo que mobiliza e desperta grandes paixões entre os torcedores, conta Fernandes, que fez parte da equipe de criação.
Com o objetivo estabelecido, o desafio era encontrar o time que fosse o parceiro ideal para a empreitada. A escolha do Vitória deu-se por conta da presença do vermelho na camisa e pela proximidade da Leo Burnett com a Penalty, que fabrica os uniformes da agremiação. Fizemos uma parceria com o hemocentro da Bahia (Hemoba), alinhada com o secretário de saúde da Bahia. Com isso, descobrimos que no meio do ano momento em que queríamos lançar a campanha o Hemoba tem normalmente uma baixa nas doações de sangue. Era o motivo perfeito para fazer a associação, conta o criativo.
Foi criada uma camiseta específica para a campanha, em que as quatro listas vermelhas do uniforme original foram substituídas por listas brancas. Essa camiseta tinha quatro versões e a cada jogo mais uma lista vermelha era adicionada, até retornar ao modelo original, rubro negro. A campanha, que contou com comercial, mídia impressa, folheteria e ações no Facebook, teve duração de um mês e meio (entre 30 de junho e 14 de agosto de 2012).
Durante este período, os jogadores entraram em campo com as novas camisetas. O filme de lançamento tem narração do ator Wagner Moura, torcedor do Vitória.
Bottura contou que a campanha foi muito bem recebida pelos torcedores, tanto do Vitória quanto do Bahia, que também se mobilizaram para doar sangue e não ficar para trás no quesito solidariedade. Também foi um grande sucesso entre os camelôs, que venderam as quatro versões das camisas da campanha, aumentando muito seus lucros durante os jogos do Vitória.
Durante a campanha, o Vitória passou do 5º para o 1º lugar no campeonato. Não que a campanha tenha algo efetivamente a ver com isso, mas foi uma coincidência muito feliz, comenta Fernandes.
Bottura finaliza afirmando que aprendeu muito com esta campanha. Os atendimentos nas agências não conhecem as categorias dos prêmios, não sabem o que podem fazer com ideias diferenciadas dos criativos. O profissional de atendimento precisa se envolver mais e, literalmente, vestir a camisa. Eu também era assim, não tinha muita conexão com a criação e não estava atento às oportunidades. Mas é importante ficar antenado. Prêmio é bom para a agência, é bom para o negócio.
Segundo dados da LBTM, a ação obteve exposição de 935 minutos em mídia espontânea. E o mais importante: houve aumento de 46% nas doações de sangue ao Hemoba.
Valerya Borges
Instagram do Festival do CCSP: "Festival do CCSP 2013"
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