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Festival do CCSP 2013

Mercado audiovisual vive 'extraordinário aquecimento'

20.09.13


O Brasil vive um momento de oportunidades para o mercado de audiovisual, na visão de Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema), que participou de mesa sobre “Economia Criativa”, no final da tarde desta sexta-feira (20), no Festival do CCSP 2013



Também estiveram no bate-papo André Sturm, diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS), Leyla Fernandes, presidente da Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), e Afonso Luz, diretor do Museu da Cidade de São Paulo, representando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.



Rangel compartilhou suas percepções sobre o momento que o Brasil está vivendo em relação a uma área da economia criativa considerada por ele "bastante importante", a do audiovisual. “Vivemos um período especial para o setor. O nosso país tem tradição na produção publicitária, em TV e em cinema, temos acumulado prêmios nos festivais internacionais de todas essas áreas, temos tradição na criação, mas a economia do audiovisual brasileira, em relação à internacional, é relativamente pequena ainda”, analisou.



Segundo ele, o governo federal está empreendendo esforços “relevantes” para que o cinema e o audiovisual possam se expandir e crescer. “Os mercados de TV por assinatura e cinema não chegaram e estão longe de seu ponto máximo de evolução. Há poucos anos, eram setores extremamente pequenos e hoje estão vivendo um crescimento”, defendeu.



Ele citou que, em 2003, havia duas mil salas de cinema no Brasil. Em 2012, o número subiu para cerca de 2.550, chegando a 2.750 este ano, com previsão de que em 2015 sejam 3,5 mil salas de cinema no país. Para mostrar o crescimento da tela paga, Rangel lembrou que em 2009 eram aproximadamente 9 milhões de assinantes e a previsão é chegar em 2016 com 30 milhões.



“Os números expressam o crescimento de dois mercados relevantes – cinema e TV por assinatura – o que mostra uma oportunidade de expansão para aqueles dedicados à criação e à produção no Brasil”, disse.



Um dos fatores que impulsionaram esse incremento, segundo o presidente da Ancine, foi a criação da lei 12485, lei de TV paga, de 2011, por meio da qual os canais devem exibir conteúdo brasileiro três horas e meia por semana, mais 1h45 de produção independente. “Mais de 80 canais de espaço qualificado precisam programar 3h30 de conteúdo brasileiro e 1h45 de produção independente no horário nobre. Por isso, a demanda por produção audiovisual brasileira tem aumentado muito”, comemorou.



Além disso, para cada três canais de espaço qualificado, um deles tem que ser brasileiro, com obrigação de exibir 3h de produção brasileira e 1h30 de produção independente por dia.



“Com isso, nos dois últimos anos, passamos por uma situação de extraordinário aquecimento do mercado audiovisual. Estamos falando de filmes, documentários, animação, reality shows, novos formatos de programação de TV. Isso significa que temos mais oportunidade não só para os produtores, mas para o conjunto dos profissionais do setor”, argumentou Rangel.



Sturm seguiu a mesma linha de raciocínio do presidente da Ancine, defendendo o impulso recebido pelo mercado. “Além da lei da TV paga, a existência de um fundo setorial do audiovisual, que já tem sido fator relevante para o crescimento do mercado, agora será ainda mais, com a ampliação da linha de investimento, prevista para a ordem de R$ 700 milhões por ano, volume de recursos comparado com o dos maiores países do mundo”, destacou.



Leyla Fernandes convidou as agências, em especial os criativos, a “olhar mais” para o conteúdo, o brand content, questionar mais como os anunciantes podem participar dessas produções que passaram a ser tão demandadas pelos canais de TV. “É o momento das agências participarem de forma ativa para trazer seus anunciantes, sua criação, para dentro desses projetos audiovisuais. A palavra de ordem é parceria’. Seria muito interessante para o mercado como um todo se as agências buscassem mais diálogo e aproximação com as produtoras”. 



Valéria Campos



Leia anterior sobre Manoel Rangel aqui.



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Serviço:



Festival do Clube de Criação de São Paulo

Quando: dias 20, 21 e 22 de setembro (sexta-feira, sábado, domingo)

Onde: Memorial da América Latina – Barra Funda – São Paulo

Estacionamento no local e metrô ao lado

Fan page: http://www.festivaldoccsp.com.br


 


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