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Gordilho responde: a mídia impressa acabou?
A defesa foi enfática. Tal como um médico que avalia o diagnóstico de um paciente em estado considerado crítico e faz um prognóstico otimista, Sergio Gordilho, diretor geral de criação da Africa, disse que a mídia impressa não está condenada à morte, como proclamam alguns videntes do mercado, chamados por ele de "mães Dinah, durante sua palestra, realizada na tarde desta sexta-feira (20), no Festival do CCSP 2013.
Eu acho que é uma grande bobagem dizer que a mídia impressa vai acabar, eu não acredito no fim do meio, opinou. Conforme surgem novas mídias, novas possibilidades, a importância de um meio pode diminuir e a verba pode estar mais pulverizada, é verdade, mas acabar, não, completou.
Em sua linha argumentativa para defender a tese, Gordilho lembrou que os criativos brasileiros em especial os diretores de arte são mundialmente respeitados exatamente por esse trabalho desenvolvido para mídia impressa.
O Brasil é uma escola, somos o país dos Serpas, dos Petits, dos Lorentes, dos Cappelettis, dos Cipollas, dos Zaragozas. A gente tem a capacidade de gerar grandes diretores de arte (redatores também), a mídia impressa está fortemente presente no nosso DNA, falou.
Muitas pastas de novos criativos que recebo são baseadas na mídia impressa, que é o cartão de visita de vários jovens profissionais. Os anúncios impressos ajudam na nossa entrada no mercado e, além de estar no nosso DNA, está no nosso DSR desejo de ser reconhecido, brincou. Ele lembrou que 23% dos Leões de Print em Cannes este ano foram abocanhados pelo Brasil. Com esses resultados, quem pode dizer que o meio vai acabar para nós?
Segundo Gordilho, apesar de os anúncios representarem o cartão de entrada dos criativos para qualquer mercado mundial, as revistas de grande circulação no país não estão mais trazendo em suas páginas peças publicitárias diferenciadas ou suficientemente criativas. Apesar de a mídia impressa ser o nosso grande caminho, isso não reflete nosso mercado hoje, vemos nas grandes revistas muito anúncio de varejo. As publicações semanais se tornaram basicamente catálogo de varejo, lamentou. Mas isso não quer dizer que a mídia impressa vá acabar.
Nessa mesma linha argumentativa, da qualidade dos anúncios para o meio, o criativo ressaltou o trabalho dos fornecedores brasileiros, como os grandes fotógrafos que surgiram no Brasil, em decorrência da excelência dos anúncios para mídia impressa feitos no país.
Gordilho pontuou ainda que, assim como alguns grupos "condenaram" o impresso à morte, em outros tempos dizia-se que a TV mataria o rádio e não matou. Que o digital iria matar a TV e não matou. Tem espaço para todo mundo. Não tem como print morrer. Os meios não matam uns aos outros, eles estão sempre se potencializando´e complementando, observou.
Além disso, o mercado brasileiro é baseado na bonificação em cima de TV e impresso. Enquanto esse for o modelo no país, não há como as agências sobreviverem sem um braço tão importante como esse, lembrou.
Por outro lado, o criativo admitiu que o anúncio impresso tem que evoluir e estar integrado a diversos meios. Ele citou como exemplo um trabalho feito pela Africa para Budweiser, em que um anúncio de vinil foi veiculado em 800 revistas. Mas, para potencializar a ação, o making of da peça foi para o YouTube e registrou mais de 1,5 milhão de visualizações (saiba mais sobre o anúncio de vinil, aqui).
Valéria Campos
Instagram do Festival do CCSP: "Festival do CCSP 2013"
#FestivalCCSP #unbovineyourself
Serviço:
Festival do Clube de Criação de São Paulo
Quando: dias 20, 21 e 22 de setembro (sexta-feira, sábado, domingo)
Onde: Memorial da América Latina Barra Funda São Paulo
Estacionamento no local e metrô ao lado
Fan page: http://www.festivaldoccsp.com.br