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Festival do Clube 2025

Adiantando o olhar sobre a COP30

03.10.25

Mais uma vez, como ocorreu na Rio-92, o Brasil sediará uma cúpula global dedicada a definir acordos e estratégias que possibilitem a prestação de socorro imediato ao planeta.

Em pauta na COP30, preservar os recursos naturais finitos, constituir políticas sólidas de sustentabilidade e criar, nesse cenário delicado, um lugar de harmonia para as populações humanas, sobretudo aquelas hoje vulneráveis.

A COP30, ou 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, será realizada de 10 a 21 de novembro deste ano, em Belém, no Pará. São esperados representantes de 168 países, 87 deles já confirmados e 81 na dependência de negociações para hospedagem. Cerca de 50 mil credenciamentos já foram solicitados.

O foco da conferência é a justiça climática, com ênfase nas questões relativas a povos indígenas, comunidades quilombolas e populações tradicionais da Amazônia. Os principais temas da pauta são os seguintes:

1. Reforço das metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa. Combate ao desmatamento e uso sustentável da terra, com ênfase na proteção da Amazônia como sumidouro vital de carbono.

2. Esforço para a mobilização de US$ 100 bilhões anuais, renovando o compromisso pré-2020 para apoiar a mitigação de emissões em países em desenvolvimento. Debate sobre o “Baku–Belém Roadmap” para elevar o suporte financeiro a US$ 1,3 trilhão ao ano até 2035.

3. Lançamento do Fundo para as Florestas Tropicais para Sempre, de US$ 250 bilhões para financiar projetos de conservação com retorno financeiro. Integração e fortalecimento dos mercados de carbono.

4. Debate sobre as raízes históricas da crise climática e sobre justiça reparatória. Discussão sobre como o colonialismo e a escravidão impulsionaram a desigualdade global, influenciaram emissões desproporcionais e marginalizaram comunidades vulneráveis da tomada de decisões climáticas.

5. Estudos de temas relacionados às perspectivas da agricultura, sistemas de produção e segurança alimentar, com ênfase em mulheres, gênero, pessoas negras e turismo.

No Festival do Clube de Criação 2025, essas questões serão debatidas no “esquenta” do dia 4 de outubro, sábado, no Auditório Simon Bolivar, Plateia A. A mesa “Aquecimento COP30: seu impacto para o resto do século”, terá início às 10h45 e terá como mediadora a jornalista Cláudia Tavares, do Repórter Eco, da TV Cultura.

Estão confirmadas também as participações de Alice Pataxó, comunicadora indígena, embaixadora da WWF; Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil; Luciana Haguiara, fundadora e CCO da Nation; e Ricardo Cardim, conceituado botânico e paisagista.

De acordo com Carolina, a realização da COP30 cria uma formidável oportunidade para se falar de clima com as pessoas não diretamente envolvidas no assunto. “É uma chance de conectar a agenda climática a nossa vida cotidiana”, ressalta. “Esses fenômenos e como lidamos com eles determinam o valor da nossa conta de luz e o preço do que compramos no sacolão”.

Segundo ela, é importante que tenhamos noção da cadeia de causas e efeitos. Cada decisão de um líder mundial impacta vastos segmentos da população. Essas figuras de poder deveriam, portanto, focar na transição para uma economia descarbonizada, destinar recursos a novos métodos produtivos e, por fim, ressarcir as perdas dos mais vulneráveis nesse processo.

Pode parecer algo distante, mas a COP ditará o ritmo das mudanças”, adverte. “Suas deliberações vão definir se conseguiremos manter o aquecimento global em níveis não catastróficos.

Ricardo Cardim antecipa que deve levar ao festival sua visão sobre o meio ambiente no cenário urbano. “O Brasil é o país mais urbanizado do planeta, em que nove em cada dez pessoas vivem em cidades, afirma. “Esses lugares já enfrentam sérios problemas ambientais, como as mudanças climáticas regionais”.

Cardim cita, como exemplo, o excesso de impermeabilização do solo e a falta de áreas verdes em cidades como São Paulo. “A capital paulista, que era a terra da garoa, hoje é a terra das tempestades extremas”, pontua.

O botânico também pretende abordar a questão da preservação da biodiversidade. “O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta, a maior quantidade de plantas na Terra”, destaca.

De acordo com ele, é preciso eleger métodos, programas e condutas que permitam o aproveitamento dessas alternativas e oportunidades. Segundo ele, são nossos melhores instrumentos para a construção de um bem-estar coletivo, global e duradouro.

Leia anterior sobre painéis do Festival do Clube aqui.

Espie aqui a programação quase completa do Festival do Clube 2025.

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Sem estas empresas, NÃO haveria Festival.

Serviço:

13º Festival do Clube de Criação - 4 e 5 de outubro - sábado e domingo - das 8h às 22h

Ingressos estão à venda na plataforma da Sympla (aqui). Garanta o seu.

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