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Festival do Clube

Deu match: "Wandinha" e a sinergia de conteúdo com as marcas

15.10.25

O match entre as marcas e o conteúdo de séries que colecionam milhões de fãs pelo mundo, foi o tema da mesa "Quando publicidade e entretenimento dão as mãos".

O debate contou com a participação de Dani Albuquerque (criação de parcerias de marcas - Netflix), Isabelle de Vooght (diretora de criação do Nubank) e Nídia Aranha (diretora de arte da Iconoclast).

Dani Albuquerque apresentou um vídeo sobre a Netflix, com destaque para o case “Wandinha”, título no Brasil da série "Wednesday", comédia que mistura fantasia e suspense, lançada em 2022, baseada na personagem Wednesday Addams, da franquia A Família Addams.

No seu trabalho de parceria da Netflix com anunciantes, Dani afirmou que o principal objetivo é “ir além do merchan simples, buscando uma conexão de verdade com os fãs”"Usamos o mesmo craft dos filmes e séries para que o conteúdo também se conecte com o mundo dos negócios. É um fortalecendo o outro", afirmou a executiva.

A partir desse princípio, a conversa se aprofundou nas estratégias conceituais e de always on, contando com a visão de Nídia, responsável pela linguagem estética das marcas parceiras, e Isabelle, que detalhou a estratégia do banco.

Nídia descreveu o universo da personagem como um "portal enorme da cultura gótica e pop", mas ressaltou que o trabalho de criação foi "muito distinto" para cada marca.

Sobre a parceria com o Guaraná Antarctica e o case "Horror é pipoca sem guaraná" (veja filme abaixo), Nídia contou que o desafio foi usar a estética gótica da série para criar um contraste lúdico. "Diferentemente do visual básico de Wandinha, o guaraná é solar. A intenção foi rememorar Tim Burton, criar uma sinergia com a leitura de 'pipoca com guaraná', misturar o verde e pegar o inconsciente coletivo em torno disso", ela contou.

Para o Nubank (veja filme abaixo), cuja cor violeta já tem afinidade natural com o universo da personagem, a busca, segundo Nídia, foi por uma "linguagem mais cinematográfica" e uma abordagem conceitual brasileira. "Fizemos um filme longo e o desafio foi trazer uma ideia contemporânea que não está dentro da escola gótica. O desafio foi criar o humor ácido".

Da exaustão ao entretenimento

Questionada por Dani sobre o alinhamento estratégico do Nubank com “Wandinha”, Isabelle destacou que a decisão de investir no território do entretenimento foi baseada em "fatores super estratégicos". Entre esses fatores, ela lembrou que a sociedade vive a “era da exaustão", com sobrecarga de informações. “O público não quer mais publicidade de banco empurrando serviços de banco", constatou. Um outro fator estratégico apontado por Isabelle é o propósito de marca: “O Nubank tem o propósito de facilitar a vida das pessoas para que tenham mais tempo para viver, relaxar e aproveitar bons momentos, o que o leva diretamente ao território do entretenimento".

"Acreditamos no entretenimento e chegamos à Netflix, onde encontramos Wandinha, um fenômeno cultural, com todo o 'fit' para a marca", lembra a diretora do Nubank. A executiva reforçou que a afinidade de cor (violeta) foi apenas um "plus, uma vantagem, um trunfo", e que a intencionalidade foi o fator decisivo para direcionar o investimento à série.

"Não faz sentido uma marca surfar em um título só porque ele está na onda. Pensamos na autenticidade da personagem. Ela desafia o sistema e é onde a gente se coloca", concluiu, ressaltando o alinhamento de valores entre a personagem e a marca.

Isabelle também lembrou o desafio de criar o personagem “Pezinho, para o banco, em sinergia com a "Mãozinha", que se destaca nos roteiros da série. “O desafio foi ser autêntico, quisemos desafiar a nossa própria marca e o próprio segmento já que, geralmente, comerciais de bancos têm uma mão mostrando o cartão", diz a diretora.

Ela conta que foi feita uma“análise cultural” das expressões que usam o significado de pé no universo financeiro, como “começar com o pé direito" e “pé de meia”. “Foi por aí que se chegou a autenticidade e colaboração quase sinérgica", ela diz, referindo-se ao personagem que é um pé, que tem um ídolo (a Mãozinha) e um sonho (ser ator). “O Nubank foi lá e deu uma ajudinha", ela disse, repetindo parte do texto final do comercial criado para o banco.

Além de Nubank e Guaraná Antarctica, a mesa também apresentou um case da série "Wandinha" com o produto Cheetos, com um filme (veja abaixo) veiculado no México.

Marcello Queiroz

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