Festival do Clube

O Festival do Clube de Criação trouxe ao palco a discussão “Por que o entretenimento é a bola da vez?”, conduzida por Fernando Nobre, diretor de cena da Dlktsn/Grupo Papaki.

O encontro reuniu vozes relevantes do mercado para debater como marcas e produtores de conteúdo estão cada vez mais integrados na criação de experiências que se conectem com o público.

Barbara Teixeira, CEO da Anonymous Content Brasil, destacou a atuação da produtora no desenvolvimento de conteúdos autênticos, em parceria com patrocinadores, reforçando a importância da verdade na relação entre marcas e audiência. “As marcas precisam entender que autenticidade não se fabrica. Quando o conteúdo parte de um lugar verdadeiro, a conexão com o público acontece naturalmente”, afirmou.

Na sequência, Cecília Bottai Modino, vice-presidente de marketing da Heineken, compartilhou iniciativas recentes da marca no país, como o aguardado "Tiny Desk com Heineken". O projeto musical norte-americano, criado pela NPR (National Public Radio), chega ao Brasil em versão que será transmitida pelo YouTube. A executiva também destacou um programa de lideranças femininas no futebol e outros casos de grande repercussão, como a série da Netflix sobre Ayrton Senna e o show de Madonna no Rio — exemplos de entretenimento que transcendem o novo e entregam inovações reais ao público. “Entreter é gerar conversa, não apenas visibilidade. Quando uma marca consegue estar no centro de algo que o público ama, ela deixa de ser anunciante e vira parte da cultura”, disse.

Representando o streaming, Maria de Médicis, diretora de teledramaturgia da HBO Max, falou sobre o sucesso de "Beleza Fatal" e ressaltou a força das parcerias com as marcas inseridas na narrativa. Ela citou, por exemplo, a associação da novela com o Mercado Livre, ampliada pelas conversas nas redes sociais, sobretudo no X (antigo Twitter). “Quando a marca está organicamente dentro da história, o público aceita e até torce por ela. O entretenimento tem esse poder de dissolver fronteiras entre publicidade e emoção”, explicou.

Já o cineasta Matheus Souza, da série "Amor da Minha Vida", do Disney+, defendeu o papel do entretenimento como elo natural entre marcas e público. Ele lembrou uma ação com a cerveja Antarctica e destacou o potencial de formatos inovadores, como as novas novelas verticais, voltadas ao público jovem. “A nova geração consome entretenimento com o celular na mão. As marcas que entenderem isso primeiro vão dominar as conversas — e não apenas os intervalos comerciais”, apontou.

No encerramento, o consenso dos participantes foi claro: para além de vender produtos, as marcas precisam entrar no jogo da audiência, oferecer experiências relevantes e medir a temperatura das conversas, consolidando o entretenimento como a verdadeira “bola da vez”.

Luan Araujo

Festival do Clube de Criação 

Patrocínio Master (ordem alfabética): Globo; Grupo Papaki; Warner Bros. Discovery

Patrocínio (ordem alfabética): AlmapBBDO; Antfood; Artplan; Barry Company; Boiler Hub; Cine; Galeria; Halley Sound; Heineken; Ilha Crossmídia; Jamute; Lew'Lara\TBWA; Love Pictures Company; Not So Impossible; Monks; Mr Pink Music; Netflix; O2; OMZ; Paranoid; Piloto; Publicis Production; Sadia; Sweet Filmes; The Clios; UBC - União Brasileira de Compositores; Unblock Coffee; VML Brasil

Apoio (ordem alfabética): Anonymous Content Brazil; Artmont Creative Action; BETC Havas; Broders; Carbono Sound Lab; Casablanca Audiovisual; Corazon; Estúdio Origem; Fantástica Filmes; Felicidade Collective; Grupo Box Brasil; Grupo Tigre; Human; Jungle Kid; Magma; MiamiAdSchool; Prosh; Punch Audio; Stickman Studio, Sympla; Unlimitail; UOL; Zanca Films.

Sem estas empresas, NÃO haveria Festival.

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