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'ESG é sobre o agora, mas também sobre o mundo que queremos deixar para os próximos'
“O ESG é fundamental para termos uma sociedade mais igual.” A frase de Alexandre Arnone, advogado e idealizador do Instituto Global de ESG, ecoou no auditório da 13ª edição do Festival do Clube de Criação e ajudou a dar o tom de um debate sobre o presente e o futuro dessa agenda, que segue central para empresas, governos e a sociedade.
A conversa foi mediada pelo jornalista Felipe Turlão, que frisou que os desafios do ESG estão maiores, frente à atual conjuntura geopolítica mundial.
O painel contou também com as participações de Patrícia Santos (CEO da EmpregueAfro), Iza Herklotz (chief people officer do Grupo Publicis) e Allan Scartezini (coordenador de sustentabilidade da Natura).
Abrindo o painel, Patrícia destacou que não é possível falar de ESG sem falar de raça. “Pessoas negras são 56% da população brasileira, mas essa representatividade ainda não chega aos cargos de liderança — e, quando falamos de mulheres negras, a exclusão é ainda mais profunda”, afirmou.
Iza reforçou a necessidade de conectar as pautas sociais à estratégia das empresas. “Não dá para falar de pessoas sem falar de ESG”, disse. “No Publicis, já temos um profissional de ESG dedicado ao RH, com foco em inclusão racial e de pessoas com deficiência. É uma mudança estrutural, não cosmética.”
Representando a Natura, Allan trouxe exemplos concretos da marca, pioneira em práticas como refis e em políticas de diversidade e governança. “O ESG está na origem da Natura. Mas os avanços reais só acontecem quando há colaboração entre empresas e políticas públicas consistentes. Sozinhas, as marcas não dão conta”, alertou.
O debate também abordou os retrocessos recentes. Patrícia chamou atenção para o cenário norte-americano. “Há um movimento contrário à pauta racial nos Estados Unidos, e isso deve se refletir em números nos próximos anos. Precisamos estar atentos para não repetir esse caminho no Brasil”, pontuou.
Iza, por sua vez, destacou o papel transformador das novas gerações. “A pressão da Geração Z e dos jovens profissionais será determinante. E eles não aceitam discursos vazios — querem propósito com prática.”
O grupo ainda ressaltou a importância da COP30, que será realizada em Belém, como oportunidade de reacender o debate global sobre sustentabilidade e inclusão. “Se houver engajamento e comunicação eficaz, a COP30 pode reposicionar o Brasil como referência em sustentabilidade”, avaliou Allan.
O saldo da mesa foi claro: ESG não é tendência passageira, mas uma necessidade urgente — um compromisso que exige ação conjunta, transparência e visão de futuro.
Como resumiu Arnone, “o ESG é sobre o agora, mas também sobre o mundo que queremos deixar para os próximos”.
Leia também matéria sobre a mesa pré-COP30 (aqui).
Luan Araújo
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