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Festival do Clube

Arte como ponte: uma América Latina que se reconhece

26.11.25

Na 13ª edição do Festival do Clube de Criação, a professora Margarida Nepomuceno, da USP, mostrou como a arte brasileira ajuda a costurar as trocas culturais entre os países latino-americanos, transformando diferenças em laços de identidade.

A arte é o fator de integração da América Latina.” A frase, dita pela professora Margarida no painel “A arte como fator de integração: trocas culturais na América Latina”, resumiu com precisão o espírito de uma palestra que foi, antes de tudo, uma aula sobre identidade, pertencimento e história compartilhada.

No Auditório Criatividade, do Memorial da América Latina, Margarida — professora de estudos latino-americanos — discorreu sobre o papel decisivo do Brasil na construção de pontes culturais com seus vizinhos, mostrando como a arte ultrapassa fronteiras e ideologias. O próprio Memorial, lembrou ela, é símbolo máximo dessa integração: um espaço que une arquitetura, arte e pensamento, inspirado pela visão de Darcy Ribeiro e concretizado pelos talentos de Oscar Niemeyer, Tomie Ohtake e Maria Bonomi.

A professora resgatou as missões culturais brasileiras, iniciadas no governo de Getúlio Vargas — sementes do que hoje são os Institutos Culturais Guimarães Rosa — e destacou o papel histórico do Estado brasileiro no fomento à cultura e na sua participação em organismos internacionais como ONU, Unesco e OEA.

Segundo Margarida, o diálogo do Brasil com seus vizinhos foi tardio, reflexo dos diferentes processos de independência na região. Mas, a partir da crise de 1929, o país ampliou seus laços culturais e políticos com a América Latina, movimento que mais tarde resultaria na criação do Mercosul e da Unasul.

Encerrando sua fala, a professora defendeu que as instituições latino-americanas e globais devem ampliar o apoio à diversidade cultural, lembrando que a cultura — antes vista como elitista — tornou-se mais popular e inclusiva graças a artistas como Gilberto Gil, que transformaram o popular em potência.

Mais do que um tema acadêmico, a palestra foi um convite à reflexão: reconhecer-se latino é também reconhecer-se parte de uma arte que une, liberta e traduz a alma de um continente inteiro.

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