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O que o jovem pensa sobre sustentabilidade
O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente apresentou nesta quinta-feira (26) os resultados da pesquisa Estilos Sustentáveis de Vida Resultados de uma pesquisa com jovens brasileiros.
No Brasil, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Akatu em parceria com a Ipsos Public Affairs, e teve por objetivo mapear a maneira como os jovens percebem as práticas sustentáveis.
A pesquisa faz parte de um mapeamento mundial, denominado "Global Survey on Sustainable Lifestyles", coordenado pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) por meio de seu escritório central, em Paris.
No Brasil, a pesquisa de campo foi realizada em abril de 2009. Ao todo, foram entrevistados mil jovens de 18 a 35 anos, nas nove principais regiões metropolitanas do país e no Distrito Federal.
Temas políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais foram apresentados aos jovens, que deveriam indicar os mais importantes em sua opinião.
Os resultados revelaram que os jovens dão prioridade à combater o crime, reduzir conflitos (32%), reduzir e erradicar a pobreza, reduzir a diferença entre ricos e pobres (27%), melhorar condições econômicas (18%) e combater a degradação ambiental e a poluição (11%).
O perfil dos jovens entrevistados foi dividido a partir de algumas características: capital social (nível de influência e de protagonismo de um indivíduo em sua comunidade, cuja principal referência é o grau de participação e de envolvimento que ele tem nesta comunidade); consciência ambiental (nível de relevância que os jovens atribuem às preocupações ambientais) e Agenda 21 (nível de relevância que os jovens atribuem à Agenda 21, no sentido de considerarem importantes, ao mesmo tempo, as questões econômicas, sociais e ambientais).
Dentre os jovens de alto capital social (27% dos entrevistados), constatou-se que a questão ambiental não está entre suas principais prioridades, o que se alinha com os índices apurados na amostragem total.
Já os jovens de alta consciência ambiental (14 % da amostragem) manifestam interesse muito acima da média quanto à questão ambiental (27%), índice semelhante ao dos jovens que dão relevância à Agenda 21 (26%).
Considerados os desafios sociais, os mais citados pelos jovens foram reduzir a poluição (ar, água, solo) (72%); melhorar a saúde da população (72%); reduzir o desemprego" (70%), diminuir a diferença entre ricos e pobres (61%), reduzir o trabalho infantil (61%) e estar atento as mudanças climáticas (61%).
Em pesquisa realizada em 2001, apenas 24% dos jovens disseram preocupar-se com as mudanças climáticas.
Sobre as alterações climáticas, perguntou-se aos jovens se, de posse de mais informações sobre o tema, eles adotariam novos hábitos em suas vidas e 40% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ter mais informações e que acreditam que isto contribuiria para que adotassem práticas sustentáveis.
Na opinião de 78% dos jovens, as pessoas em geral mudariam de comportamento se estivessem mais informadas sobre os danos ambientais causados pelas mudanças climáticas.
A pesquisa conclui que, no geral, os jovens querem receber mais informações sobre sustentabilidade e estão propensos a adotar hábitos de vida mais sustentáveis.
Além disso, o estudo constatou que houve avanço na conscientização e na adoção de atitudes a favor da preservação ambiental, quando comparados os resultados desta pesquisa com os da realizada em 2001, especialmente em relação às mudanças climáticas.