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Internacional

Indústria do tabaco combate restrições

23.11.10

Grandes empresas de tabaco estão intensificando seus esforços em todo o mundo para combater as restrições à venda e à publicidade de cigarros, conforme a comercialização para países em desenvolvimento ganham importância, segundo o New York Times, na Folha de S.Paulo (somente para assinantes).

Empresas como a Philip Morris International e a British American Tobacco contestam as restrições aos anúncios de cigarros no Reino Unido, a ampliação dos avisos de saúde na América do Sul e a elevação dos impostos sobre cigarros nas Filipinas e no México.


Estão desembolsando bilhões de dólares para fazer lobby e campanhas de marketing na África e Ásia.

O setor intensificou seus esforços antes de uma reunião de autoridades de saúde pública de 171 países que começou no Uruguai em 15 de novembro.


Neste ano, a Philip Morris processou o governo uruguaio, dizendo que sua regulamentação do tabaco é excessiva. Representantes da Organização Mundial da Saúde dizem que a ação representa uma tentativa de intimidar o país.

A lei uruguaia prevê que 80% das embalagens dos maços de cigarros sejam obrigatoriamente cobertas por avisos de saúde.


Além disso, limita cada marca de cigarro a um só design de maço, para que desenhos alternativos não induzam os fumantes a pensar que os produtos contidos no maço são menos prejudiciais à saúde.

A ação judicial contra o Uruguai, aberta em uma organização filiada ao Banco Mundial em Washington, pede indenização de valor não especificado por lucros perdidos.

Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS, afirma que as empresas de cigarro estão agressivamente recrutando consumidores novos em países em desenvolvimento para tomar o lugar dos que estão abandonando o cigarro ou morrendo nos EUA e na Europa, onde os índices de tabagismo vêm caindo de modo acentuado. As vendas anuais de cigarros em todo o mundo sobem 2% ao ano.


A Philip Morris International abriu uma ação legal não apenas contra o Uruguai, mas também contra o Brasil, argumentando que as imagens que o governo quer colocar sobre os maços de cigarros não retratam os efeitos do tabagismo sobre a saúde.

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