Internacional 4

As agências, em geral, têm liberdade para escolher as produtoras com as quais querem trabalhar, dentre um grande leque de opções.

Mas, no momento atual de controle compulsivo de custos, isso pode começar a mudar. Se é que já não mudou em muitos casos, principalmente nos que envolvem grandes empresas multinacionais. Isso, aliás, já discutimos por aqui na mesa redonda promovida pela Pasta Online (confira, sem falta, aqui).

Agora, duas empresas globais gigantes, Procter & Gamble e Reckitt Benckiser, começam a rever suas regras de contratação de produtoras, com o intuito (não assumido) de enxugar custos e ter mais controle sobre o processo.

Procter & Gamble e Reckitt Benckiser realizam agora um processo de pré-seleção das produtoras com as quais suas agências poderão trabalhar.

A P&G confirmou a adoção de novo processo à Brandweek. A Reckitt, sediada em Londres, cuja agência que lidera seu processo criativo é a  Euro RSCG (Havas), não comentou a informação.

As empresas farão a seleção por etapas, passando por produtoras com foco em pré-produção, primeiro, depois em produção e, por fim, em pós-produção.

"Sim, nos precisamos reduzir o número de produtoras, mas nosso objetivo é alcançar melhor qualidade com maior eficiência", disse à Brandweek um representante da sede da P&G em Cincinnati. As agências que atendem a conta incluem Saatchi & Saatchi (Publicis), Grey (WPP) e BBDO (Omnicom).

O representante da P&G considera o movimento uma 'evolução' na busca da excelência e da eficiência.

Para se ter uma ideia, a P&G investiu, no último ano, $8.6 bilhões de dólares, em nível global, em mídia.

As 125 diferentes produtoras com as quais trabalhou no ano passado pretende reduzir a 30.

A gigante pretende fechar pacotes com essas produtoras, por dois anos, cujos valores incluirão tudo, desde iluminação, atores e equipamentos até equipe.

As produtoras que entrarem no pacotão não têm garantia de realizar determinado número de filmes. Cerca de 70 produtoras devem estar participando, no momento, do processo de seleção, uma vez que foram contactadas pela P&G mês passado.

P&G e Reckitt, investiram globalmente em criação e produção cerca de $1.3 bilhão, ano passado.

Uma das conclusões da P&G, segundo fontes, é que filmar em 35mm é muito caro, dizem fontes.

 Leia matéria completa aqui.

 Comentários

Alice - Pronto. E lá vamos nós produzir filmes toscos e em vídeo.

 Biba -  O VERDADEIRO problema do custo dos filmes, pode começar a ser resolvido com a ELIMINAÇão do famoso BV!!! As agências tem que ter mais consciência e tomar esta decisão definitivamente para voltarmos a fazer filmes bacanas com a qualidade que seus clientes merecem!!! As produtoras estão sendo eliminadas, e isto a curto prazo não refletirá em nada para as agências, mas a longo prazo estas poderâo ser pulverizadas também!!!

l. - Dá para fazer muito coisa boa em vídeo! Já entreguei jobs que muita gente bacana achou que foram feitos em película. É só saber fazer direito!