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Justiça

Danone deve pagar dívidas da Parmalat

17.04.09

A Danone do Brasil pode ser obrigada a pagar quase R$ 10 milhões em honorários de advogados, cobrados da Parmalat do Brasil.


A Danone afirma que nunca teve nenhuma relação societária com a Parmalat e a dívida não lhe pertence, mas a juíza Simone Laurent de Figueiredo, da 17ª Vara Cível de Manaus, determinou o bloqueio de até R$ 9,936 milhões nas contas bancárias da empresa para pagamento ao autor da ação, o advogado André Luiz Guedes.


Segundo a diretora jurídica da Danone, Priscila Cruz, o bloqueio pode ser feito em todas os bancos com os quais a Danone mantém relação, podendo exceder em muito o valor da causa. Até o momento, de acordo com a advogada, três bancos comunicaram bloqueio de recursos à empresa.


A ação é contra a Parmalat do Brasil, mas, na decisão sobre o pagamento dos honorários, a Danone, a Laep Investments e a Integralat são citadas como empresas pertencentes ao grupo Parmalat e, portanto, poderiam honrar o pagamento.


A Danone, no entanto, nega qualquer tipo de relação societária com a Parmalat, hoje controlada pela Laep Investments. "Jamais houve nenhuma relação societária da Danone com a Parmalat", garantiu Priscila. A Parmalat não se pronunciou.


Segundo a diretora da Danone, a única relação entre as companhias ocorreu no ano passado, com a venda, em abril, da marca Poços de Caldas (leia aqui), o arrendamento da linha de produção do requeijão Paulista e o licenciamento do uso da marca Paulista pela Parmalat.


O negócio envolvendo a marca Paulista, no entanto, foi desfeito em agosto. Na mesma época, a Laep vendeu a marca Poços de Caldas ao Laticínios Morrinhos. "A juíza confundiu a Danone com a Parmalat e, diante desse erro, a Danone corre o risco de ter esse dinheiro bloqueado, o que pode causar sérios prejuízos à companhia", afirmou a diretora da Danone.


Com o jornal O Estado de S.Paulo, leia na íntegra aqui.

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