Justiça

O movimento Afirme-se, que defende as cotas afirmativas nas universidades brasileiras, entrou com uma representação no Ministério Público do Rio de Janeiro contra o jornal O Globo.

A organização diz que o veículo vetou um anúncio publicitário ao estipular um valor alto para a publicação de uma peça.

Fernando Conceição, coordenador do Afirme-se, contou ao portal Comunique-se que, ao saber do conteúdo da campanha, o jornal aumentou o preço de R$ 54.163,20 para R$ 712.608,00 (1.300%), alegando que o texto reflete “expressão de opinião” e que, por isso, teria que cobrar a tabela cheia.

Conceição afirmou ainda que o mesmo anúncio foi publicado pelo O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e A Tarde, ao custo médio de R$ 40 mil cada um.

A peça, que enfatiza o apoio de 60% da população brasileira às ações afirmativas, tem o objetivo de manter as cotas nas universidades, tema debatido pelo Supremo Tribunal Federal na última semana.

A representação contra O Globo exige a punição do veículo e a obrigatoriedade da publicação do anúncio a preço simbólico ou gratuito, caso seja comprovada a irregularidade.