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Justiça

TVs processadas por 'demonizar' religiões afro

06.03.09

O Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou ação civil pública contra a Rede Record e a TV Gazeta pedindo indenização no valor de, respectivamente, R$ 13 milhões e R$ 2,4 milhões, pela suposta discriminação das religiões de origem afrobrasileira na programação das emissoras.


De acordo com a Procuradoria, programas religiosos exibidos nas redes de TV utilizam há anos expressões que discriminam religiões como umbanda e candomblé, tais como “encosto”, "demônios", “espíritos imundos”, “feitiçaria”, além de “macumba”.


Para a procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Adriana da Silva Fernandes, autora da ação, as emissoras não estão imunes de responsabilidade sobre programas feitos por produtoras independentes.


“A Record e a Gazeta são responsáveis pelas ofensas às religiões de matriz africana desferidas reiteradamente pelos programas religiosos veiculados em sua grade de programação”, ressaltou Adriana.


Em liminar, o MPF pede que as emissoras interrompam a exibição de programas que façam esse tipo de referência aos cultos de origem afro, e sugere multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da possível decisão da Justiça.


Rede Record e a TV Gazeta não se pronunciaram.


As informações são do Última Instância, leia aqui.

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