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DCR entra com recurso em concorrência da Infraero
A agência DCR entrou com recurso administrativo contra decisões da comissão de licitação da Infraero na etapa de proposta técnica (leia aqui).
A proposta da DCR foi classificada em sexto lugar. A empresa alega que as agências que ocupam da primeira à quinta colocação na etapa técnica - Staff de Comunicação, Arcos Propaganda, Bees Publicidade, Engenhonovo Publicidade e Link/Bagg - apresentaram propostas que possuem "graves vícios" e mesmo assim obtiveram melhor colocação.
Dentre os "graves vícios" encontrados pela DCR está, por exemplo, o fato de algumas das agências com melhor pontuação não oferecerem estrutura em Brasília, como pede o edital. A DCR cita a Staff, primeira colocada; a Arcos, segunda e a Engenhonovo, em quarto lugar na etapa técnica.
O que a DCR não aponta, no entanto, é que pelas normas da licitação, há um prazo de 30 dias para que a agência monte uma estrutura na cidade.
Entre outros questionamentos, a DCR também considera que a idéia criativa da Staff não teria sido válida, já que a agência não teria apresentado relação das peças criadas para sua campanha, nem mesmo apresentado sua proposta para a solução do problema de criação, item também obrigatório segundo edital. "A empresa limitou-se a apresentar suas peças criadas, sem ordem cronológica ou qualquer outra explicação, confundindo estratégia de comunicação com idéia criativa".
Sobre a Bees, a DCR argumenta que o edital determinava que era vedada na proposta técnica a aposição de qualquer tipo de identificação da licitante. Contudo, segundo a agência que entrou com recurso, a Bees incluiu na página 4 de sua proposta, sobre a Análise Estratégica da Infraero, uma citação do escritor Nelson Rodrigues. "Ora, uma vez que a referida frase não tem importância para o julgamento meritório da proposta, chega-se à conclusão que a mesma foi utilizada como subterfúgio para identificar sua proposta, o que fere o princípio da igualdade do Edital", cita a DCR.
Por fim, a Link/Bagg, que está na quinta posição na etapa técnica da licitação, também é questionada. Segundo a DCR, a empresa, em sua Planilha de Custos de Produção, incluiu nos valores de produção os custos internos com desconto de 30% e honorários de 10% nos cálculos dos valores de produção, o que feriria o edital, "que previa tal publicidade apenas na última fase
da concorrência".
A abertura dos envelopes das propostas de preço, que aconteceria nesta quarta-feira (19), foi adiada até que se analise o recurso administrativo da DCR.
A verba anual do anunciante é de R$ 15 milhões.
Valéria Campos
Comentários
curioso - Uma coisa que nunca entendi é pra quê algumas empresas estatais fazem propaganda. Campanha de combate à dengue, aids, doe livros, campanhas informativas (REPITO: INFORMATIVAS) do tipo venha buscar seu leite, venha para a inauguração do parque, pague seu icms, ipva, iptu com desconto, etc, vá lá, mas pra que a infraero faz propaganda? Pra que uma assembléia legislativa, por exemplo, faz propaganda? Sei lá... no caso da propaganda, onde campanha boa nos olhos de um é lixo no umbigo do outro, facilita licitações viciadas e de cartas marcadas, o critério final é subjetivíssimo e entregue ao gosto de uma banca que muitas vezes num entende bulhufas de propaganda. Não digo que é o caso desta da infraero, mas é que o descrédito é grande quando se trata desse tipo de assunto depois do triste episódio Marcos Valério.