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Melhores Entrevistas

Rolling Stone em livro

24.07.08

Desde 1967, as entrevistas da Rolling Stone reúnem impressões de astros do rock, estrelas de cinema e ícones em geral.


Pete Townshend, Truman Capote, George Lucas, Jack Nicholson, Axl Rose, Kurt Cobain, Bono estão entre aqueles que deixaram suas marcas nas páginas da revista.


Agora, quarenta das melhores entrevistas da publicação foram selecionadas e vão virar livro.


John Lennon revela a dor devastadora por trás da ruptura com os Beatles; Mick Jagger fala sobre a gênese das grandes canções dos Rolling Stones; Jack Nicholson discute o momento em que descobriu sua verdadeira mãe; Francis Ford Coppola fala sobre ter sucumbido à loucura de Apocalypse Now; Bill Clinton comenta francamente os altos e baixos de sua presidência; Bono explica a difícil relação com o pai.

As entrevistas serão publicadas sem cortes. The Rolling Stone Interviews chega ao Brasil em agosto com o título Rolling Stone - As melhores entrevistas da revista Rolling Stone.   


Trechos  


E se eu tivesse dito isso quando era um rapazote? Se eu tivesse dito para mim mesmo: “Um dia desses, você vai passar sem nem mesmo pensar que seu nariz é o maior do mundo, cara” – sabe, eu teria provavelmente rido à beça.        Era gigante. Na época, foi o motivo porque fiz tudo. Foi o motivo porque toquei guitarra – por causa do meu nariz. A razão pela qual escrevi músicas foi por causa do meu nariz.


PETE TOWNSHEND


Costumava adorar olhar o sol. É ruim para os meus olhos, mas eu gosto. Costumava adorar olhar a lua à noite. Eu saía para o quintal e ficava observando-a. Aquilo me fascinava pra caramba. E outra coisa que me fascinava muito, mas assustava a maioria das pessoas, era a luz. Quando eu era moleque, achava muito bonito. Qualquer coisa brilhante, qualquer brilho. Eu, provavelmente, devo ter sido um piromaníaco, ou qualquer coisa assim. E havia as cores. Eu era louco pelo vermelho. Sempre achei uma cor linda. Eu me lembro das cores básicas. Não sei nada a respeito de licores coloridos – não sei que diabo é isso.


RAY CHARLES


Oh, sim. John Lennon era definitivamente meu Beatle favorito. Não sei quem escreveu quais partes das canções, mas Paul McCartney me deixa constrangido. Lennon obviamente era perturbado (risos). E eu me identificava com isso.


KURT COBAIN


 Algumas vezes eu conseguia empregos abrindo shows para outras bandas. O The New York Dolls tocava com três ou quatro bandas que você nunca tinha ouvido falar, e eu tinha que abrir a noite inteira. Ninguém queria me ver. Eu não tinha microfone. Eu apenas gritava minha poesia. E os caras falavam: “Vá arrumar um emprego! Vá lavar panelas!”.


PATTI SMITH


 Mick precisa impor as coisas. Quer controlar. Para mim, a vida é como um animal selvagem. Você espera conseguir lidar com ela, quando ela pula em cima de você. Essa é a grande diferença entre nós dois. Ele simplesmente não consegue ir dormir sem escrever o que precisa fazer quando acordar. Eu só espero conseguir acordar, e não é nenhum desastre.


KEITH RICHARDS


Paul disse: “O que você quer dizer?”.


Eu falei: “Quero dizer que o grupo acabou. Estou saindo.”...


Assim, como quando você diz “divórcio”, e te olham com aquela cara. É como se ele soubesse que já era o final.


 JOHN LENNON


Autores:

JANN S. WENNER mora em Nova York, é fundador, editor e publisher da revista Rolling Stone e presidente da Wenner Media.


JOE LEVY é editor-executivo da Rolling Stone e também atua como professor-adjunto do Departamento de Música de Clive Davis na Universidade de Nova York


Tradução: Emanoel Mendes Rodrigues


Editora: Larousse do Brasil


Páginas: 448


Formato:15,7 X 23


Preço não definido


 

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