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Mercado

Brasfrigo encerra produção de molhos e conservas

28.11.11

Com 36 anos de mercado, a Brasfrigo, dona da ervilha Jurema, encerra a produção de molhos e vegetais em conserva no início de dezembro.


A fábrica, em Luziânia, GO, será fechada - temporariamente, segundo o comando da companhia. No mercado, porém, fontes do Estadão próximas à companhia afirmam que é para sempre.


Além de acumular dívidas e prejuízos, a empresa do grupo mineiro BMG (o mesmo do Banco BMG) sofre de má gestão e de baixa qualidade de produto, segundo a matéria.


Cláudio Vilar, um dos executivos do grupo BMG que formam um comitê criado no início do ano com a missão de reestruturar a empresa, informa que a Brasfigo produziu muito mais do que vendeu ao longo de 2011.


"Temos um estoque que equivale de quatro a seis meses de produção, quando o normal é ter no máximo um mês e meio."


A empresa tem uma dívida maior que o faturamento (R$ 247 milhões). Em 2009, devia R$ 268 milhões - sendo R$ 215 milhões com empresas do grupo (partes relacionadas). "Não posso dizer quanto é a dívida atual nem dar detalhes de credores, mas ela cresceu", diz Vilar.


Um representante de uma rede varejista acredita que a qualidade e a política comercial inconstante derrubaram a Brasfrigo. "Uma hora eles fazem um bom produto, na outra pisam na bola", diz ele. No mês passado, por exemplo, a Vigilância Sanitária de Minas Gerais interditou um lote do extrato de tomate Jurema após detectar "pelo de roedor" no produto.


"Roedores gostam de plantação de tomate. Mas, usamos temperaturas superaltas no processo de fabricação do molho. Mesmo que apareça algum pelo, ele se torna inócuo", afirma Vilar.


 

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