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Toshiba entre o tubo e a LCD
A Semp Toshiba, empresa que produziu o primeiro aparelho de televisão no Brasil em 1951, orgulhava-se de exibir o título de líder em televisores no país.
Maior fabricante nacional de eletroeletrônicos, a empresa ocupou a posição por quase uma década, enfrentando a concorrência de poderosos fabricantes estrangeiros, como LG, Samsung, Philips e Panasonic.
Mas a popularização dos televisores de LCD fez a empresa - que é forte em aparelho com tubo e possui presença muito tímida em LCD - perder o título.
Cada fabricante nesse setor exibe um número distinto, mas, segundo a consultoria Euromonitor, o posto foi perdido para a LG já em 2007. "O valor faturado (da LG) pode ser maior. Parabéns. Mas quem chega em mais lares sou eu", insiste o presidente da Semp Toshiba, Afonso Hennel.
Até 2006, o mercado de televisores era dominado pelos modelos de tubo, que representaram 95% dos 12 milhões de televisores vendidos.
Mas o ritmo de crescimento dos LCDs, de quase 240% no ano passado, segundo o IT Data, e de queda nas vendas de tubo ( 22% em 2008), - tem surpreendido a fabricante, que ainda não conseguiu se posicionar no segmento de mais alta tecnologia.
Os aparelhos em LCD, responsáveis por 25% das vendas em 2008, devem alcançar a marca de 35% este ano, segundo estimativa da Semp Toshiba.
"O tubo ainda vai sobreviver por bastante tempo", diz Hennel. "Os apologistas da modernidade gostam de pregar 'abaixo o velho'. Mas 6 milhões de aparelhos ainda é um mercado enorme."
No atual ritmo, no entanto, o número de aparelhos em LCD e afins devem superar os de tubo já em 2010.
O empresário justifica sua presença tímida em LCDs sob o argumento de que a tecnologia tem mudado muito rapidamente e os custos estavam muito altos. "Pelos preços praticados no mercado, no ano passado, as fabricantes estavam perdendo dinheiro", diz Hennel. "Preferi não vender a vender com prejuízo. É muito bacana dizer que você está no mercado, bombando, mas depois você quebra. Não tenho fôlego para bater em coreano, japonês. A capacidade do nosso concorrente estrangeiro de perder dinheiro é impressionante."
A empresa vendeu 100 mil unidades de LCD em 2008, mas este ano pretende triplicar a produção. "Dado que o crescimento de LCD é inexorável, esta é uma realidade para enfrentar."
A crise mundial, segundo ele, com a retração da demanda, barateou o custo dos insumos, o que lhe permitirá praticar preços menores sem comprometer a lucratividade.
Para o gerente de marketing de eletrônicos da Samsung, José Mendes Júnior, quem chega primeiro com novas tecnologias leva vantagem. "O consumidor associa a marca a um produto de ponta, mesmo que não possa comprá-lo agora."
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Leia matéria na íntegra aqui.