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Leia, agora mesmo, texto de Cassio Zanatta
Paulo Francis já escreveu que quem não é jornalista e fica
escrevendo para a imprensa não bate bem da cabeça.
Mas pela primeira vez, vou cometer essa insanidade e acho que por um motivo justo.
Na edição de 21 de agosto, o Estado de S.Paulo trouxe no caderno Aliás uma excelente entrevista com Millôr Fernandes.
Lá estavam seu raciocínio rápido, seu imenso talento
e sua justa indignação com tudo o que está acontecendo
nos esgotos de Brasília.
Mas, eis que perguntado sobre o envolvimento do publicitário Marcos Valério nos esquemas de corrupção
que assolam o Planalto, o indignado Millôr fuzilou:
Não é por acaso. O jornalismo é uma profissão cujo objetivo filosófico é trazer à tona coisas que as pessoas não sabem. Tem um compromisso com a verdade. Agora, qual o objetivo filosófico da publicidade? A mentira. É mentir sobre o sabonete, a maionese, a margarina, o político.
E mais para a frente, conclui: Não tenho respeito pela publicidade.
Doeu. Ainda mais vindo de um homem da integridade do Millôr.
Mas considero tais colocações ofensivas e explico por quê.
Primeiro, como em toda profissão, há profissionais e profissionais.
O fato de que colegas, por mais holofotes que os cerquem, tenham faltado com a ética não é motivo para generalizações.
Sou diretor de criação de uma das maiores, mais sérias, respeitadas e a mais premiada agência do país, a AlmapBBDO.
Que entre inúmeras qualidades, se dá o direito de não trabalhar com nenhuma conta de governo, nem de fazer campanha
para nenhum candidato.
Claro que a publicidade tem defeitos - citaria um dos mais
graves o excesso de outdoors e backlights que infestam
as ruas das grandes cidades.
Mas entendo que, ao posicionar o jornalismo como
paladino da verdade e a publicidade como promotora
da mentira, Millor está sendo maniqueísta.
Primeiro, quem possibilita ao jornalismo ser independente, imparcial, apurador, de não depender de verbas públicas
nem de favores de quem quer que seja para praticar
sua independência é justamente a publicidade.
Ou sejamos mais diretos: a principal fonte pagadora
do salário do jornalista é a publicidade, que sustenta
o jornal, a revista, a televisão, o rádio.
Sem a publicidade, não haveria imprensa livre, como
bem apregoa Roberto Civita, dono da revista que paga
Millôr por publicar seus brilhantes artigos.
Portanto, tenha sim, Millôr, respeito pela publicidade.
Sobre qual o objetivo filosófico da publicidade, é muito simples: a publicidade existe para anunciar, promover e vender os produtos que anuncia.
Filosoficamente, funciona na mesma esfera do feirante que anuncia tomates maduros e do balconista da padaria que anuncia as qualidades da sua empadinha.
E isso pode ser perfeitamente feito sem mentir, dignamente, como atesta o trabalho de nossa agência.
Não somos artistas. Somos, de fato e com muito orgulho, vendedores de sabonetes e margarinas e, na minha opinião,
não deveríamos ser de políticos.
Ah, sim, também somos vendedores de livros.
A Almap tem o orgulho de ter em sua carteira de clientes
a Companhia das Letras e de já ter anunciado autores como
Paul Auster, José Saramago, Italo Calvino, Rubem Fonseca,
Ruy Castro e, assim, ajudá-los a promover seus livros.
Não sejamos tão simplistas. Como não me orgulho da atitude de certos colegas, Millôr certamente deve questionar seus pares que trabalham em órgãos de imprensa controlados por políticos poderosos, que manipulam a informação de acordo com suas
conveniências, contribuindo assim para a perpetuação
de seus patrões no poder.
Pergunte a um político do que ele prefere ser proprietário:
de uma agência de publicidade ou de um jornal.
Ousaria dizer que o jornalismo foi muito mais responsável,
por exemplo, em criar a imagem de Lula do que a publicidade. Como já havia feito com Collor e FHC.
Nesse raciocínio, ainda, imagino o desprezo que Millôr deve sentir pelos milhares de colegas jornalistas que trabalham
em assessorias de imprensa, que recebem um justo salário
para, com seu talento, promover pessoas e empresas.
Mas voltemos à entrevista. Os caras ficam aí se gabando de que sabem fazer slogans e passam anos para criar coisas como Coca-Cola é isso aí. De quantos slogans precisam? Faço dez agora.
Péra aí. Mas então eu começo a entender: parece que Millor é contra a publicidade ruim, banal, que infelizmente é maioria.
Ou talvez seja contra os publicitários ficarem se gabando.
Convenhamos: de fato, muito espaço é inutilmente gasto
para a autopromoção de publicitários. Ocupamos páginas de Caras demais e Exame de menos.
Mas então volto à minha agência: apesar de ser de longe
a mais premiada do país, é provável que Millor nem soubesse
da nossa existência. Nem nunca deve ter ouvido meu nome. Nem dos sócios da agência. Ótimo, estamos no caminho certo.
Enfim, gostaria de acreditar que tal generalização tenha
sido mais fruto de uma indignação atropelada do que de
um raciocínio coerente.
Não sou defensor de minha classe nem tenho procuração
para isso. Só resolvi escrever porque, ao terminar de ler a entrevista, olhei para meus filhos Pedro e Maria brincando na sala,
e pensei no que um dia eles pudessem pensar de mim.
Cássio Zanatta é diretor de criação da AlmapBBDO
Comentários
Bruno Sciammarella - Estou de alma lavada agora! Obrigado Zanatta!!! Alguém já enviou pro Millor?
bbspub@yahoo.com.br
Marcio S. - Muito bom o texto. O Millor voltou a falar mal da nossa classe em recente edição da Veja, vcs viram? Uma pena. Aos 80 anos ele poderia ser menos maniqueísta e mais generoso. Abraço pro Zanatta.
marcios@gmail.com
Chico - Nossa, muito bom mesmo ler isso aqui no Clubeonline. Mas acho que também mereceria direito de resposta no Estadão. Estou trabalhando fora do Brasil e fico ainda mais chateado ao ver nossa categoria, que batalha pra cacete, ser tratada assim. Valeu Zanatta.
franciscomosca@yahoo.it
Daniel Goltcher - Zanatta disse o que estava entalado na garganta de todos que se orgulham da profissão. Essa briguinha besta entre publicitários e jornalistas deveria acabar na faculdade. Aliás, não deveria nem começar.
goltcher@hotmail.com
Ricardo - O comentário dele na Veja foi o seguinte: "Há bastante tempo a publicidade atingiu o nivel da indignidade. Peço a atores amigos meus, que não se envergonham de anunciar edifícios sem entrada, seguros de saúde com mulheres lindas e helicópteros reluzentes, e arapucas que emprestam dinheiro a velhinhos desamparados: não falem mais comigo".
ricfaria@uol.com.br
Pedro Pinhal - Quem é mesmo esse Millôr? Valeu, Zanatta! Me contrata aê!
mansi@terra.com.br
Rodrigo - A velha richa entre publicitários e jornalistas... Acredito que Millor foi movido pela 'indignação atropelada' ao expor tais opiniões. Generalizou um fato e agrediu muitos profissionais com isso. Toda profissão tem os maus exemplos. O jornalismo não é diferente e já provou isso diversas vezes.
toffa@terra.com.br
Marina - Parabéns pelo texto! Sou jornalista e, por abominar idéias maniqueístas, também me coloco ao lado dos publicitários. Certa vez, um professor de minha faculdade me disse que publicitários são mais honesto que jornalistas porque os 2 vendem, mas com 1 diferença: os primeiros fazem isso de maneira declarada.... (Também considero esta idéia maniqueísta, mas deixo isto registrado apenas para neutralizar as idéias de Millôr).
marinaferriello@hotmail.com
Fellipe dos Santos - Não é de hoje que publicitário é visto como vilão de muitas histórias. O fato de trabalharmos com uma ferramenta como o capitalismo e de adentrarmos a vida das pessoas de maneira mais carismática do que o jornal, sempre incomodou muitos jornalistas. A briga começa dentro da faculdade e se expande até o mais alto cargo de cada uma das profissões. Pessoas se acomodam na idéia de que o publicitário é alguém frio e calculista, sem mesmo se dar ao trabalho de analisar sua própria opinião. Não condeno Millôr, mas sugiro que ele comece a rever alguns de seus princípios, ou vai acabar perdendo respeito por mais profissões do que somente a publicidade. Afinal, temos juízes, advogados, médicos e professores que já provaram que o que faz a pessoa é sua índole e não sua profissão.
fellipe@sjs.com.br
Anônimo - Não acho que a publicidade salva o jornalismo da parcialidade. Que tipo de anunciante ficaria feliz com uma matéria que não estivesse de acordo com seus interesses?
Eduardo Cury - É uma pena que o autor de "Liberdade, Liberdade" e tantas outras obras significativas da nossa literatura pense dessa forma a respeito da publicidade. Como jornalista e redator publicitário, acho que a conclusão do Millor ao condenar a classe é precipitada e imediatista. No desejo de encerrar de vez com todos os problemas da nação. "Acabem com a publicidade! É uma doença sociopatológica". Ok, mas e depois? Como isso vai ser dito a nação? Seria em pagina dupla ou simples? A respeito da função social da propaganda? Nada a declarar? Millor pisou na bola. Negou o mundo onde vive como se tivesse esse direito. Mesmo assim vou continuar a usar sua "Bíblia do Caos" como fonte de inspiração para títulos interessantes. Millor merece respeito pelo que já disse em tempos de pensamentos mais cuidadosos.
eduardo@zagcomunicacao.com.br
Alexandre Torres - Disse tudo! Concordo tbm que não deveriam existir pessoas ligadas à publicidade, envolvidas com políticos. O candidato deveria dizer o que tem pra dizer e pronto. Contar seus planos pro governo olhando pra câmera. Nada simulado. Nada criado. Deveria ser ele mesmo. Quem acreditar no que ele fala, maravilha, se não, vota em outro cara. Agora, esse Millor... Pára! Ele acha a propaganda uma merda? Falsa? Manda ele comprar uma esponja de aço Bombril por 5 reais ou Tupinambá por 2 reais... Vamos ver o que ele faz. Uma coisa é certa, o jornalismo tbm já foi muito mais divulgador do que vendedor. Hoje não é mais assim. É só ver quando tem um clássico no futebol. No dia seguinte, alguns jornais não estão informando o resultado mas sim gozando com a cara do perdedor.
aletorres@aletorres.com.br
Pedro del Priore - Millor nao pensou muito. Ele vomitou sua raiva. A publicidade, o jornalismo e o vendedor de tomates são todos vitimas do mesmo sistema. Todos buscam se diferenciar para sobreviver, quando muito vencer, em um mercado canibal. O problema maior: a gde maioria nao tem a competência e o talento de Millor e Zanatta. Fica portanto, a marca da gde maioria.
pedro@pdelpriore.com
Daniel Coelho - Fiquei perplexo ao ler a entrevista de Millor Fernandes. Este gênio, conhecido por dizer e, principalmente, escrever pensamentos brilhantes, errou ao generalizar toda uma classe de profissionais. Profissionais que, como todos os outros, trocam seu talento e trabalho por um faz-me-rir ao final do mês. Mentir e enganar não está no contrato. É uma questão de princípios e isto, caro Millor, eu e a maior parte das pessoas nessa profissão, se recusa a vender.
daniel_redator@yahoo.com.br
Anônimo - Pelo amor de Deus, vamos combinar, jornalistas e publicitários são ambos muito mentirosos : )
Maria - Muito oportuno o texto. Essa visão simplista de que a publicidade vive da mentira tem que ser combatida. Até porque propaganda enganosa acaba tendo efeito contrário. E quanto às maravilhosas campanhas de cunho social que a publicidade lança todos os anos, fazendo muita gente se emocionar, pensar, mudar de atitude e descruzar os braços para mudar realidades? Disso, o Millor não falou.
maria@aquatro.com
Gustavo Barcellos - Sem querer criticar o Millor, acho que ele não atentou para o ponto mais importante desta discussão: o público. Quando os publicitários falam sobre o sabonete, a maionese, a margarina, o político - e não vou fazer juízo de valor sobre o conteúdo - o público sabe que o nosso discurso tem um objetivo: convencer as pessoas. Quem vê propaganda tem consciência de que aquele discurso é para convencer as pessoas de uma idéia. Deixamos bem claro quais são nossos interesses, nosso objetivo. Bem diferente do que acontece na imprensa. Quando sai uma matéria sobre o governo - e também não vou fazer juízo de valor sobre qual governo, se Lula, FHC, Serra ou Marta - a matéria nunca mostra quais são os interesses por trás da notícia. O jornalismo traz mesmo à tona coisas que as pessoas não sabem, e nunca vão ficar sabendo, como por exemplo a influência do dono do jornal ou da emissora de TV no que está sendo dito. A propaganda sempre deixa bem claro qual é a verdadeira intenção dela. E a imprensa, também sempre deixa?
gbarcellos@dudapropaganda.com.br
Tiago Mota - Resposta perfeita, à altura do próprio Millor. Só faltou fazer uma pequena, mas importante, ressalva: Marcos Valério não é nem nunca foi publicitário. Ele é um empresário, dono de agências de publicidade. Entre isso e ser um publicitário há uma certa distância, que os jornalistas, talvez não por acaso, finjam ignorar.
tiagomot@gmail.com
Lauro Emiílio - Brilhante não, ofuscante a resposta dada pelo Zanatta à leviandade de um grande escritor (com a licença do paradoxo). Se Millor queria holofote para a sua estrela, Zanatta demonstrou a força da lâmpada de idéias geniais, que só saem da cabeça de publicitários como ele. Um puxão de orelha sob medida, que serviu para abrir os olhos de quem muito gosta de falar (ou escrever) sem antes ouvir. Um abraço.
lauremilio@gmail.com
Daniel Moreira - Por que será que quem se posicionou a favor de Millor aqui fez comentários anônimos? ehehehe
cuca@voeinsight.com.br
Anderson Peretiatko - Não conheço o Millôr e dispenso apresentações. Mas gostaria de sugerir a ele duas ou três coisinhas. Primeiro, para se candidatar à Presidência da República, onde ele poderia colocar todo sua cultura política que, como toda teoria, funciona perfeitamente. Segundo, tentar atuar como diretor de criação em uma agência de publicidade. Qualquer agência, com leão ou sem, já que ele é capaz de criar 10 slogans numa pegada, além de campanhas memoráveis (agora, se vai pegar ou vender um conceito decente com esses slogans isso é outro papo). Mas, digamos que ele não se interesse por nenhuma dessa duas alternativas. Não há o que temer: ele pode muito bem tentar ser Deus. Porque, pela cara, é isso que ele acha que é.
anderson@novacombrasil.com.br
Wagner A. Porfirio - Sou engenheiro civil e não tenho nenhuma ligação com publicidade ou jornalismo, porém achei de baixíssimo nível os comentários do Millor, alguém tão conhecido por comentários brilhantes! Conforme disse Tiago Mota, "existe grande diferença entre um empresário e um publicitário", vou além, existe grande diferença entre um profissional e um "trambiqueiro"!!! Achei excepcional a resposta do Zanatta e penso que deveria ser publicada no mesmo jornal e na mesma coluna de Millor, como direito de resposta! Espero que as pessoas possam aprender que não se deve julgar uma classe simplesmente por um exemplar, por uma amostra, pois pelo contrário, nenhuma profissão mereceria respeito!! Um abraço a todos os publicitários, profissão pela qual que tenho muita admiração!
wagnerporfirio@hotmail.com
Giba - Mentiras em publicidade são estratégias de marketing e não de publicitários.
giba.reis@terra.com.br
Edmundo Ricardo Weber - É lamentável ver profissionais tão conceituados como Millor fazendo acusações e afirmações falaciosas à uma profissão que é responsável pelo seu próprio sustento.
edmundoricardo@gmail.com
Rogerio - Taí, acho que deveríamos poupar o Millôr das nossas indignidades e parar de anunciar nos veículos onde ele escreve...
rmartins1971@yahoo.com.br
Gil - Digno é aquele que, mesmo sem intenção, ajuda quem o critica. Portanto, fiquemos com a consciência limpa.
gil_morse@bol.com.br
Albino - Um pouco incoerente o posicionamento de um respeitadíssimo formador de opinião, que assume um ponto de vista baseado no que de pior o senso comum pode oferecer sobre a publicidade.
albinojc@hotmail.com
Carneiro - Obrigado, Millôr, por nos proporcionar este texto maravilhoso do meu amigo Zanatta...
carneiro@operabufa.com.br
Abelardo - Infeliz o comentário do Millor... o que me dá mais raiva é que a nossa profissão é super desvalorizada. Qualquer um pensa que sabe fazer um título. A mesma coisa acontece com os designers. Todo mundo se acha apto a fazer um logo, mesmo que seja no power point. Coloca uma foto bonita e escreve tal coisa, dizem.O Millor escreve muito bem, isso não o torna apto a escrever slogans, porque ele não tem o necessário para tal, ele não sabe vender, ele não entende o conceito do produto e o estudo de marketing que estão por trás de um slogan, de uma peça de comunicação. Ou seja, ele não é publicitário e seu comentário só comprova. AFINAL ELE ACABOU DE FAZER UMA PROPAGANDA NEGATIVA DELE MESMO. Abraço (em tom revoltado)
Patrícia Luz - Depois dessas verdades que o Cassio escreveu, só tenho a dizer que tenho muito orgulho da profissão que escolhi e por ter nesse meio profissionais como é o caso do Cassio, que serve de exemplo para todos nós que estamos começando. Sou estudante de PMKT - Santos/SP
patricialuzpmkt@hotmail.com
Priscila Bhe - Cássio Zanatta você está de parabéns! O que faltou ao Marcos Valério foi ética; com esse texto "brilhante", Millôr, podemos dizer o mesmo de você.
priscila@inacom.com.br
Glauco Lima - ESSE ZANATTA LEMBROU UM OUTRO ZANATTA, AQUELE QUE JOGAVA NO VASCO, DEFENDENDO A ZAGA. O ZANATTA PUBLICITÁRIO DEFENDEU COM MUITA CLASSE E SEM DAR PONTAPÉ A PROPAGANDA DE UM ATACANTE TALENTOSO, INTELIGENTE, MAS QUE NESSA DECLARAÇÃO AGIU COM TROMBADOR.
glauco@dc3unicom.com.br
Dan - Como e de quem mesmo é aquela frase? "Posso odiar as suas idéias, mas luto até a morte pelo seu direito de expressá-las" Sou apaixonado pelo trabalho do Millôr e do Zanatta... Pra mim basta.. O resto é polêmica sensasionalista... E voltemos ao trabalho!
Shirlei - Dá-lhe Cassio!!!!!! Parabéns por ser o único publicitário a ter a coragem de defender a classe, viu!!!!! Pode ficar tranquilo, pq seus filhos Pedro e Maria só têm motivos pra se orgulhar de vc, e eu como publicitária tb me sinto orgulhosa de saber que ainda existem pessoas que não aceitam injustiças, que gritam, que reagem de maneira tão transparente, como vc fez. Tb senti uma grande revolta, pela humilhação injusta que estão sofrendo as
equipes da DNA e SMP&B, que são profissionais premiadíssimos,
batalhadores, e não têm culpa da safadeza do Sr. Marcos Valerio. Luiz Pauletto e equipe, e Augusto Coelho e equipe, são vítimas de muita injustiça, por pessoas como o Millôr, que generalizam a classe publicitária. abração
shirlei@capitaomusical.com
Marcelo A. - Os termos "factóide" e "pseudo-evento" se aplicam melhor à publicidade ou ao jornalismo? Taí uma VERDADE que não foi dita. Talvez nós publicitários tenhamos um compromisso muito maior com a informação do que muitos jornalistas por aí. Não devemos ser estereotipados e classificados de maneira irresponsável como deturpadores da verdade, afinal, há um órgão sério que regulamenta a nossa profissão. Muito bom o texto do Cássio Zanatta! Depois dessa acho que além de ensinarmos a estética publicitária na incrementação da linguagem jornalística, vamos ter de ensiná-los a escrever artigos/textos mais interessantes e menos pedantes.
adsmaniac@bol.com.br
Christiano Bianchini - Só quero dizer que o Marcos Valério não é PUBLICITÁRIO. Não sei qual faculdade ele cursou, mas sei que não foi a de publicidade! Por essa razão que muitos publicitários como eu, estão desempregados. Para ser médico, tenho que escudar medicina, para ser engenheiro, tenho que estudar engenharia, mas para ser publicitário, basta querer ser.
c@bcd.com.br
Paulo - O Millôr faz parte de uma banda do jornalismo que só sabe falar mal e pôr fogo no circo, quando ele já está em chamas, diga-se. Ele nem sabe de onde vem a grana que paga o seu salário. Imperdoável que um profissional de comunicação seja tão desinformado e que tenha tanto desrespeito (ou inveja) de colegas. E ainda diz que consegue fazer slogans...tsc tsc. Nem boas manchetes!
paulinhodasq@hotmail.com
Alessandra Coser - Acredito que todos os profissionais de comunicação assistiram um filme revelador sobre determinada emissora de TV e, este, nos mostrou uma parcela mínima de como o jornalismo influencia e, de certa forma, controla o páis, a política, o pensamento do povo... Dizem o que querem que o povo saiba... E nós, publicitários, fazemos um mundo cor de rosa se necessário, mas respeitamos a liberdade, não induzimos uma nação... A política esta muito mais ligada ao jornalismo do que à propaganda. Não critico Millôr, o admiro, porém não posso concordar com tudo que diz... Alias, para os que maldizem a publicidade, já imaginaram um mundo sem ela? Estariámos na pré-história...
alessandra.coser@gmail.com
Digo Souto - Com exceção dos "Marcos Valérios" que se encontram nos dois meios, devíamos sim, juntar os poderes da Publicidade e da Imprensa para unir forças e reconstruir um país com Ordem e Progresso e para todos. Cada um fazendo seu papel. O PUBLICITÁRIO CRIANDO E O JORNALISTA CONTANDO. Millor, sou publicitário sim, com muita paixão pelo que faço, e mesmo assim lhe respeito, meu caro. Porque sei que você escreve seus LIVROS com a mesma paixão que nossos REDATORES escrevem SLOGANS. Mas se insiste: FAÇA 10 AE RAPIDINHO, QUE EU QUERO VER.
digopropaganda@yahoo.com.br
Claire - Meu comentário é meio extenso e está no meu blog www.flores.blogger.com.br Obrigada.
jardim.de.tulipas@gmail.com
Marcelo Brito - Hoje em dia, a notícia jornalística mais verdadeira é mais mentirosa que a publicidade mais mentirosa. Grande Zanatta. Desbancou Millôr em todos os argumentos. Meus parabéns!
mbrito2@gmail.com
Paulo de Almeida - Enfim... Entre erros e acertos, a entrevista mais tendenciosa do país...
paulo.almeida@cczeletrica.com.br
Rafael Horta Costa - Millôr, o maior dos publicitários. Seu nome foi citado 50 vezes (incluindo a minha), só por conta desse artigo.
erreagace@yahoo.com.br
Glauco - Tudo bem que o Millor pegou pesado demais... Sou arquiteto e aprecio bastante o mundo publicitário, principalmente por tratar com a criatividade e com a emoção das pessoas. Mas dizer que a publicidade permite que a imprensa seja livre é um exagero.
gvd@uol.com.br
Augusto S. - Começei minha carreira agora, mas a cada dia tenho convicção de que está é a melhor profissão de todas. Ontem, ouvi uma frase que dá o tom dessa discução entre fornecedores de informação, "o problema do mundo está na comunicação: uma mentira bem contada pode gerar uma guerra". Obrigado por ter escrito esse texto Zanatta, me orgulho de entrar nesse mundo, é ótimo ser publicitário.
augustosienny@hotmail.com
Bruno - É, o Millor quis dar uma de defensor da população dizendo que o jornalismo tem filosofia e a publicidade nao tem e é mentirosa. O jornalismo nunca explorou fatos como o 11 de setembro, tsunami e furacões para vender jornal e revistas ou conseguir audiencia? Os jornalistas nunca perseguiram celebridades ou criaram celebridades instantaneas? Jamais inventaram noticias e sempre verificaram as noticias antes de publica-las? (jessica linch foi realmente salva pelos soldados americanos). Bem, jah que eles sao perfeitos e sempre verdadeiros, por que eles têm q falar mal da publicidade tao seguidamente? Deve ser por inveja, por nós ganharmos mais do que eles. Ou talvez pelo motivo de que nós pagamos o salarios deles e temos muito mais liberdade de criaçao do que eles, que sao censurados por seus chefes e patroes. Valeu Zanatta por simplesmente responder de forma educada e calar a boca do dito cujo.
vcirolin@terra.com.br
Rafael - Zanatta, muito obrigado por escrever essas humildes palavras. Sempre fui fã de Millor, mas o que profissionais de publicidade fazem é vender. E no Brasil nossos profissionais vendem muito bem. Millor deve ter seus motivos, mas deve ter se arrependido do que falou depois de ler seu texto.
ferreira_lemos@globo.com
Mauro - Nossa, Roberto Jefferson já dizia: "Ultimamente, a única verdade que tenho lido nos jornais está nos anúncios". Só essa frase talvez já pudesse colocar um ponto final na discussão. Afinal, Jefferson era político e, ele sim, sabia muito bem o que de fato estava se passando nos bastidores. Mas, pensando bem, melhor que a discussão continue porque o mais incrível nessa bate-boca é perceber como existem pessoas tão bem informadas e tão certas de que a publicidade é necessária e muito digna, sim. Ou existe forma mais poderosa de aquecer a economia? Mentirosa? Não, a publicidade bem feita não é mentirosa. Apenas mostra uma outra faceta da realidade, que não é vista por todos porque não são todos que são criativos. Tentar atacar a publicidade lembrando de um slogan pobre, e que provavelmente veio da matriz da Coca-Cola, nos Estados Unidos, e foi só adapatado por aqui, é uma estratégia fácil. Assim como defender o jornalismo como dono da verdade é uma batalha perdida antes mesmo de ela se iniciar. Há tantos exemplos das inverdades ou das meias-verdades ditas nos jornais. Quem não se lembra daquele caso do dono de perua escolar cuja vida foi destruida literalmente depois que as notícias sobre seu envolvimento com os garotos que levava no veículo foram publicadas nas páginas dos "lançadores oficiais da verdade"? Um ano ou dois depois, verificou-se que nada daquilo correspondia aos fatos reais. A mentira dos jornais praticamente encerrou uma vida. Criticar e apontar os erros -- o que está na base do trabalho jornalístico -- é muito mais simples do que criar e inovar. Daí nosso orgulho. Um orgulho que fica mais colorido e reluzente com o texto bacana do Zanatta. Publicitário talentoso e estrelado é isso ai!
José - Esse Millôr é bom mesmo é de Marketing. Contratem ele, gente, o cara é bom publicitário e até hoje não foi descoberto. Ainda dá tempo...
munguba10@yahoo.com.br
Marcus - Acho que não se pode questionar uma profissão como aparentemente fez o Millor, mas, nós consumidores (falo como consumidor final) estamos mesmo um pouco saturados de tanta propaganda. Certas revistas e certos pontos da cidade estão abarrotados de mensagens publicitárias...
Emerson Tononi - Jornalistas: experimentem sobreviver sem a publicidade.
emerson.tononi@gmail.com
Alex Rodrigues - Perfeita sua arguementação. Clara e concisa. Só a título de curiosidade, para quem quer ver realmente como é o jornalismo feito no dia-a-dia, dê uma olhada nesse notícia, que saiu em A Gazeta, o maior jornal do Espirito Santo: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=348FDS002 Parece brincadeira mas é sério.
alexrodrigues43@yahoo.com.br
Matheus - O que o Millor critica é o papel social exercido pela publicidade, a ideologia da manipulação, que existe também no jornalismo, mas esse pode viver sem a manipulação, a publicidade não...
AirJohnny - Uma coisa é anunciar, outra é incutir na cabeça da pessoa que ela deva comprar um produto. Concordo com o Millor em parte, acho que a publicidade tem muito de pilantragem, mas também tem algo de bom, se usada para fins públicos. Porra, vocês realmente acham que criar a necessidade para uma pessoa de ter que consumir um produto não é algo condenável? airjohnny@bol.com.br
Paula - Ideologias a parte, o jornalismo e a publicidade sempre andaram juntos, por que essa rivalidade? A publicidade entrou no país juntamente com a imprensa na chegada da familia real portuguesa e, a princípio, era totalmente manipuladora de informações, tudo por interesse dos poderosos. Hoje, a liberdade dos jornalistas é maior, o que infelizmente nao significa notícias "justas" por parte de todos os jornais e revistas. Ah! E o tão conhecido (e que definitivamente não é da minha epoca!) "Repórter Esso"?! Tem nome de anunciante. Nao seria incoerente ser contra publicidade?
Leo Cabral - Adorei o texto. Sejam jornalistas, publicitários ou outra classe profissional, estamos sempre querendo vender nossas idéias para os outros. Achei muito bom o texto do Zanatta. Aproveitou bem os motes do Millor, deslizou macio entre os argumentos e foi muito ponderado, gotejando indignação homeopaticamente até o clímax, o que faz o leitor comum, que não lê entrelinhas "pegar armas pela causa com amor quase fundamental". Gostei principalmente do apelo emocional no final, crianças sempre causam um pico de emoção antes da assinatura. Seria ótimo ter um animal de estimação. Cães da raça labrador são muito queridos pela audiência. Enfim, é por isso que eu fiz publicidade (apesar de não exercê-la de forma profissional): mentirosaou não, ela cria bons vendedores. Um grande abraço!
nicedeveloper@gmail.com
Eduardo Phillipe - A justificativa que o Cassio usou é fraquíssima, uma vez que o Millor não entrou no mérito da questão. Colocando as questões financeiras de lado, queiram vocês ou não, o princípio básico da publicidade se não for a mentira é, no mínimo, a omissão. Isto é um fato irrefutável. Agora, o jornalismo, e não incluo o jornalismo de opinião, mas sim, o jornalismo de informação, tem como principio básico, evidentemente, informar. A forma do uso destes veículos e, enfim, o mérito da questão, que foi o principal argumento do Cassio, já fogem do sentido que o Millor colocou. E, agora sim no mérito da questão, as pessoas não compram jornais para lerem propagandas. E, se as propagandas estão lá, não estão por caridade dos publicitários, mas porque foram devidamente pagos. eduphillipe@hotmail.com
Felipe - Triste mesmo é ver este monte de gente posando de inteligente e se gabando, como bom ególatras que são tanto joorbnnalistas quanto publicitários, falando em classe profissional, quando o correto é CATEGORIA PROFISSIONAL. Classe se refere ao social. Se cada um prestasse mais atenção no seu em vez de ficar querendo enfiar o dedo no umbigo do outro a publicidade seria melhor, o jornalismo imparcial e as inteligências raras seriam melhor aproveitadas
Diego Fontes - É com lamentação que as palavras de Millôr caem. Um comunicador exímio como ele nunca deveria ter tal ponto de vista tão imediatista e generalista. Perdeu um admirador. Um abraço a todos amigos publicitários!
Josué - É meus caros, a verdade dói, principalmente quando dita por pessoas competentes. Viva Millôr. (vamos a uma mentira bem recente da propaganda: propaganda da cerveja sol, pessoas alegres, um sol escaldante e a grande mentira: "O verão está bombando !!! O certo seria: O verão está alagando. jgsanchezbr@yahoo.com.br
leonardo azevedo vianna - "...não, é que o millor deveria dizer isto..." ou então "...não, o millor deveria ter dito aquilo...".Alto lá! "Pão ou pães é questão de opiniães". Vocês, inclusive o mor - dono do sítio, esquecem que tão trivial quanto "existem os bons e os ruins" é "fale quando for convidado a falar" (provérbio democrático brasileiro). E para aquele que disse: "quem é o millor?", aí vai seu ... millor é aquele que , apenas lendo uma notícia de jornal como deveria ser lida, conseguiu ser censurado pelo mais democrático dos presidentes, segundo a Globo, que aliás ,das têves, é assim (esfregando um indicador no outro) com o mercado publicitário...Se um cara, com uma frase que nem era dele , fez o que fez, imagine o que faria com cartaz, mentira, gôndola, mentira,muito dinheiro, mentira, vitrine, mentira , regulamentação irrestrita(!), mentira... zigfried@uol.com.br
marcelo - "Millôr certamente deve questionar seus pares que trabalham em órgãos de imprensa controlados por políticos poderosos, que manipulam a informação de acordo com suas conveniências, contribuindo assim para a perpetuação de seus patrões no poder". Os publicitários também devem questionar a si mesmos solitario.74@bol.com.br
Rafael Jucá - Oi amigo, achei estranho o comentário do Millor, nao por ser ambiguo, mas justamente por ser tao evidente. Me furto a repeti-lo andemos para seus comentários;"A imprensa precisa dos publicitários para pagar aos jornalistas" mas isso se fosse uma verdade absoluta, que nao é, nao justificaria ao me ver o trabalho do publicitário. Dentro de um sistema escravocrata voce pode dizer que o trabalho do feitor se justifica. Porém nao é justificável, pescou? Dizer que a publicidade é que permite que a imprensa seja livre é incorreto. Livre de que? de quem? Vá o jornal atacar seus anunciantes para ver no que dá... Outro ponto: o peixeiro que vende o seu peixe nao está fazendo publicidade. A maquina publicitaria é infinitamente mais poderosa, sutil e perniciosa que o camarada que vende couves a rua. É como comparar o jegue ao aviao a jato dizendo que sao ambos transportes. Por fim, nao estou aqui para vender espelhos, mas nao posso deixar de anotar que o contorcionismo feito para vender a imagem do publicitário é o melhor exemplo do que o jornalista disse.
Fábio Gil - Cassio, quero trabalhar com você. Tem vaga?
zaldimir zanatta - Sou publicitário ha 28 anos, e não concordo com o infeliz comentário deste grande jornalista. Zanatta, vamos levar em consideração a idade, só pode ser, infelizmente..... abçs e obrigado, vc transformou um comentário infeliz, com uma defesa feliz, mas vc ééééé PUBLICITÁRIO.BELA PROFISSÃO A NOSSA. parabéns.
zaldimir zanatta - em tempo, Millor, criar 10 slogans não é tão difícil, o difícil é criá-los, o cliente aprovar e dar resultado, mas tente aí, quem sabeeeeee, vc consegue criar 1.
Ary Azevedo - Sou publicitário, tenho mestrado e doutorado na área, pesquiso sobre o tema e só não fico mais chocado com a visão superficial com que a publicidade é analisada porque a própria classe não ajuda, muitas vezes mais afeita a badalações e premiações que a demonstração da relevancia da área no funcionamento do sistema. Quanto ao Millor, realmente todo mundo tem um lado Devassa.