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Citroën comemora 60 anos do 2CV
A Citroën e a Cité des Sciences et de lindustrie, na França, se associaram para celebrar, em exposição histórica, em Paris, os 60 anos do 2 CV.
Denominada 2 CV Expo Show O essencial na essência, a exposição terá duração de aproximadamente oito meses, com previsão de encerramento em 30 de novembro.
Simples e ao mesmo tempo inovador, o dedeuche, como é carinhosamente chamado em seu país natal, ou dechevô (pronúncia de 2 CV, em francês), foi um dos responsáveis pela motorização da França no pós-Segunda Guerra Mundial.
Era um carro barato, resistente e prático.
A homenagem quer realçar, sobretudo, o espírito vanguardista do Citroën 2 CV.
Em texto, a montadora diz: "Este é um espírito profundamente cravado nos genes da Citroën, tal como pode-se verificar com o recente concept car C Cactus. Estes dois modelos, 2 CV e C-Cactus, representam duas épocas com desafios sociais, econômicos e ambientais muito diferentes, mas compartilham uma mesma preocupação: fazer mais com menos. Ambos foram concebidos para otimizar a quantidade de peças, o peso, o consumo e o preço, permitindo propor um veículo acessível à grande maioria e concentrado em valores essenciais como qualidade, estilo e habitabilidade".
Na época, o Citroën 2 CV foi projetado para atravessar um campo arado com uma cesta de ovos colocada na poltrona, sem quebrá-los.
No dia 7 de outubro de 1948, o mundo conheceria, nos salões do Grand Palais, em Paris, um dos maiores ícones automotivos do mundo. O projeto do 2CV havia nascido bem antes, em 1936, quando Pierre-Jules Boulanger, diretor da Citroën, determinou a criação de um novo modelo de entrada, em projeto batizado de TPV (Toute Petite Voiture, ou Veículo Todo Pequeno) e confiado à equipe do engenheiro André Lefebvre.
Em 1937, o primeiro protótipo operacional começou a rodar e o lançamento do carro, marcado para o Salão de Paris de 1939, foi adiado por conta da Segunda Guerra Mundial.
A primeira 'fornada' do 2CV, com 200 unidades, que seria lançada no Salão foi, segundo reza a lenda, toda destruída logo após a declaração de Guerra. Apenas 4 exemplares teriam sobrevivido, por terem sido secretamente escondidos.
Não é nada raro, ainda hoje em dia, cruzar com um 2 CV nas estradas européias ou sul-americanas − o modelo foi fabricado (e vendido em grandes quantidades) na Argentina.
Em abril de 1976, a Citroën lançou o 2 CV Spot (com 1.800 exemplares produzidos), primeiro de algumas séries limitadas. Em março de 1985, veio o 2 CV Dolly e, em outubro de 1990, o 2 CV Charleston, com carroceria bicolor.
De carro-ferramenta, o 2 CV foi se transformando em carro para jovens e mulheres.
Características de origem: motor de 375 cm³ de 2 cilindros em posição horizontal, refrigerado com ar que permitia chegar a 60 km/h; caixa de câmbio de três marchas + uma sobre-multiplicada; suspensão com grande curso. Entre alguns detalhes divertidos, limpador de pára-brisa acionado pelo cabo do velocímetro! O 2 CV rodava de 20 a 25 km com um litro de gasolina.
Mede-se a popularidade do 2 CV pela variedade de apelidos pelos quais ele é ou foi chamado: além de Dedeuche, que já citamos, Deux-pattes (Duas patas) e Deuche.
Ele também foi chamado de Quatro rodas debaixo de um guarda-chuva e de Guarda-chuva de quatro rodas. Outros apelidos foram Eterno e Pulador (termo usado logo depois da Guerra para destacar o fato de suas rodas se agitarem muito dentro dos pára-lamas).
Mais apelidos: Patinho Feio, Cocoricó (porque ele reproduzia o canto do galo quando se dava a partida) ou salta-bancos de neve (ele andava muito "à vontade" na neve).
Os alemães e os holandeses apelidaram o 2 CV de Pato. Em Flandres, ele era chamado de Cabrita (também pelo barulho do motor quando se dá a partida). Ele era Camelo de aço na África setentrional, Two ci-vi no continente norte-americano e Rättisitikka, na Finlândia − a tradução é o carro do catador de papelão.
Nada menos do que 5.114.940 unidades do 2CV foram produzidas entre 1948 e 1990 (3.872.583 dos modelos básicos e 1.246.306 de uma versão tipo caminhonete, lançada em 1951). O último carro produzido saiu de fábrica da Citroën em Portugal.