Na Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado de São Paulo recebe, a partir do dia 24 e até 19 de outubro, exposição retrospectiva da artista suíça, naturalizada brasileira, Mira Schendel, uma das reinventoras da linguagem do Modernismo Europeu no Brasil. 

Com patrocínio do banco Credit Suisse, a mostra é organizada pela Pinacoteca de São Paulo e pela Tate Modern, Londres, em associação com a Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, do Porto (Portugal).



Com curadoria de Tanya Barson, da Tate Modern, e de Taisa Palhares, da Pinacoteca, a exposição já foi apresentada na Tate e depois na Fundação de Serralves.

Além das obras expostas nas cidades anteriores, no Brasil será incluído maior número de trabalhos das séries "Bordados e naturezas-mortas" (década de 1960) e "Mandalas" (década de 1970), bem como da série "Papéis Japoneses" (década de 1980) e um conjunto de trabalhos do acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP, que foi doado pelo crítico de arte e amigo de Mira, Theon Spanudis.



A exposição reunirá cerca de 300 obras, entre pinturas, desenhos, esculturas e instalações, todas realizadas entre os anos 1950 e 1987, incluindo a última série produzida pela artista, de pinturas conhecidas como "Sarrafos".

Os destaques da mostra ficam por conta de trabalhos em papel de arroz dos anos 1960: a série "Monotipias, Trenzinho, Droguinhas", todas de 1965; a sala de "Objetos gráficos", de 1967, os "Cadernos", de 1970, as instalações "Ondas Paradas de Probabilidade", de 1969, e "Variantes", de 1977; além da série "O retorno de Aquiles", de 1964, em que pela primeira vez Mira utiliza o texto como elemento visual da composição.

A exposição é acompanhada por um catálogo ilustrado, editado pela Pinacoteca e pela Tate Publishing. Com textos inéditos de Tanya Barson, Taisa Palhares, Cauê Alves, Isobel Whitelegg, John Rajchman e Lisette Lagnado, o título é uma versão ampliada da edição inglesa. Na Pinacoteca, os visitantes poderão adquiri-lo na loja do museu, a partir do dia 24 de julho.