Newism

A Trendwatching.com, empresa que monitora lançamentos de produtos, serviços e modelos de negócio inovadores, identifica uma nova tendência de consumo, o "newism".

Segundo apurou a companhia, o “novo” virou "mania e símbolo de status social" entre os consumidores brasileiros. Por isso, ainda de acordo com o estudo, as empresas precisam entender essa “paixão” de seus clientes pela novidade, movimento batizado pela Trendwatching.com de "newism".

A pesquisa aponta os fatores que demonstram a importância do "newism". O primeiro é a "destruição criativa". Com o volume e o ritmo das inovações mais acelerado do que nunca, a "criação" está superando a "destruição". De economias emergentes até as mais desenvolvidas, a criação de produtos, serviços e experiências está mais ágil do que nunca. Em 2010, 2 milhões de patentes foram registradas, mais do que o 1,4 milhão em 2000.

O segundo fator é o mundo virtual, com sua aceleração e crescimento contínuos, que também contribui para o "newism", de acordo com a companhia. Fenômenos como o Instagram (10 milhões de usuários em menos de um dia) ou o Draw Something (35 milhões de usuários em 6 semanas) seriam provas disso. Para ressaltar a natureza geralmente passageira do "newism", muitos usuários do Draw Something já largaram o aplicativo, em busca de algo novo. E a mesma coisa vale para os produtos.

Outro fator é a "acumulação de experiências": ter uma nova experiência (e compartilhar) se tornou símbolo de status nas redes sociais. A vontade de contar histórias interessantes, que conferem "status", alimenta ainda mais o desejo dos consumidores por experiências novas. 

O "fluxo de status" é considerado o quarto fator que demonstra a importância do "newism". Para se manter com status, um consumidor atual tem de se manter firme no fluxo global interminável de novos produtos e serviços. O status social desse consumidor será justamente mostrar que ele conhece e faz parte do "novo".

Segundo analisado pela Trendwatching.com, atualmente, num sistema mais transparente de produção e consumo, cada inovação é seguida por contínuas avaliações e críticas dos consumidores que os discutem online. Novos modelos de negócio estão permitindo que os consumidores desfrutem do que é "novo" com menos compromisso e custos menores – por exemplo, alugando ou trocando algo que antes eles tinham de comprar - outro fator que ajuda a impulsionar o "newism", de acordo com a pesquisa.

Por outro lado, muitos produtos e serviços não necessariamente ficam ultrapassados. Para os consumidores que adotaram as soluções do “ter menos é mais”, alugar ou compartilhar tudo (desde carros até roupas e eletrônicos), fazer um upgrade de sistema – em vez de substituir produtos e serviços - está à distância de um clique. 

A Trendwatching.com avalia ainda que o "newism" não é "apenas" uma inovação de produtos tradicionais. O movimento também não é somente "uma loucura excitante e ambientalmente incorreta que substitui produtos indiscriminadamente". Nem significa que toda a atenção do consumidor seja concentrada no que é novo. Ainda haverá valor nas marcas tradicionais, conhecidas por oferecer com confiança, história e legado, diz o estudo. Ainda haverá valor nas histórias envolventes e bem contadas das marcas. Nenhuma tendência é válida para todos os consumidores a todo momento, e o "novo" nem sempre invalida o que é antigo.

A Trendwatching.com vai realizar seminário, "Consumer Trend Seminar", em São Paulo, no dia 13 de agosto, no Hotel Renaissance. No evento serão apresentados sete megatendências de consumo e 15 sub-tendências, pelo sócio e diretor global de pesquisa da Trendwatching.com, Henry Mason, e por Luciana Stein, diretora para América Latina. Saiba mais neste site.