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Nos EUA

GM é acusada de adiar recall de falha que teria causado 300 mortes

17.03.14


A General Motors enfrenta pressão cada vez maior para indenizar vítimas por defeito em cilindro da ignição, que acarretou o recall de 1,6 milhão de veículos.



A empresa convocou recall de vários modelos, em fevereiro deste ano, mas agora enfrenta a acusação de que teria conhecimento da falha mecânica há anos. A demora em tomar providências teria acarretado cerca de 300 mortes, acusam os advogados das vítimas.



Os processos motivam uma grande discussão nos EUA, já que algumas das vítimas não teriam o direito legal de processar a montadora, por causa dos termos de saída da empresa de processo de concordata, em 2009.



A GM é hoje um ente jurídico diferente do que o que entrou em concordata em 2009. A chamada 'nova' GM não é legalmente responsável por quaisquer reivindicações legais relacionadas a incidentes que aconteceram antes de julho de 2009. Isso é o que a empresa alega, citando os termos de saída da concordata.



O recall em fevereiro foi convocado para os veículos Chevrolet Cobalt, Pontiac G5 e Pursuit, fabricados entre 2005 e 2007 e vendidos no Canadá; Saturn Ion de 2003 até 2007; Pontiac Solstice e Chevrolet HHR de 2006 a 2007; e Saturn Sky 2007, vendidos nos EUA.



A GM enfrenta pressão de grupos de consumidores que defendem indenizações milionárias para as famílias das vítimas.



Semana passada, dois grupos de defesa de consumidores fizeram um apelo à presidente-executiva da GM, Mary Barra, para que seja criado um fundo de US$ 1 bilhão para pagar as vítimas.



"Você não acredita, do fundo de seu coração, que é injusto e cruel usar estas defesas para escapar da responsabilidade por um defeito que a GM escondeu e falhou em remediar durante 10 anos?", escreveram Clarence Ditlow, diretor-executivo da organização Center for Auto Safety, e Joan Claybrook, presidente emérita da Public Citizen, em uma carta aberta ao público.



Em comunicado, a GM não descartou a possibilidade de estruturar um fundo para indenizar as vítimas. A montadora diz que a ignição está ligada a no mínimo 34 acidentes e 12 mortes.



Um estudo publicado na semana passada ligando 303 mortes aos carros chamados para recall foi rapidamente criticado pela GM.



As informações são da Reuters, citadas pelo Estadão.


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