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Nos EUA

Farinha láctea brasileira com pesticida

30.10.08

Um lote com 201 latas da mistura Farinha Láctea, produzida pela Nestlé no Brasil, foi apreendido pelo Departamento de Proteção ao Consumidor do Estado de Connecticut, nos EUA, por conter "níveis intoleráveis de pesticida".

O produto foi recolhido num mercadinho de produtos brasileiros na cidade de Danbury. Testes laboratoriais feitos em amostras indicaram presença de um agrotóxico (acaricida pirimifos metílico) em quantidade considerada inaceitável pelo setor de toxicologia do Departamento de Saúde Pública norte-americano e acima também dos padrões adotados pela União Européia.

"Como esse produto químico não é permitido em derivados do trigo nos EUA, não há padrões toleráveis para presença dele nos cereais", diz o Departamento de Proteção ao Consumidor em nota.

"Adotamos a posição de que nenhum quantidade desse pesticida é seguro em cereais infantis", disse Jerry Farrell Jr., responsável pela fiscalização.

Mais análises foram encomendadas ao Departamento de Agricultura dos EUA e à FDA (Food and Drug Administration, agência norte-americana reguladora de alimentos e remédios).

Enquanto isso, Farrell Jr. diz que a recomendação é que o consumo da Farinha Láctea seja suspenso no país. "Estamos em busca de informações para saber onde mais o produto é vendido", afirmou.

Segundo diz, a Farinha Láctea foi importada aos EUA pela Brex American, em Miami.


No Brasil, a Nestlé afirmou que "cumpre rigorosamente a legislação vigente no país para a fabricação de seus produtos". A companhia se refere aos limites máximos de resíduo para o produto químico pirimifos metílico presentes em uma tabela da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que informa as quantidades permitidas para agrotóxicos em determinados alimentos.

Segundo a tabela, o pesticida considerado irregular nos EUA é permitido em cereais em grãos no Brasil, com limite de 10 mg/kg. Para a farinha de trigo, o limite é de 5 mg/ kg. Os alimentos são ingredientes da Farinha Láctea.

A Nestlé informou que "os constantes monitoramentos realizados pela companhia em farinhas têm apontado sempre índices muito inferiores aos permitidos, abaixo de 1 mg/kg".


A empresa disse ainda que não exporta o produto Farinha Láctea para os EUA e que o "produto foi distribuído naquele país por um terceiro".


As informações são da Folha de S.Paulo, na íntegra, para assinantes aqui.

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