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Nota de Falecimento

Décio Pignatari, aos 85 anos

02.12.12


O poeta, ensaísta e tradutor Décio Pignatari morreu na manhã deste domingo (2), aos 85 anos. Internado no Hospital Universitário da USP desde a sexta (30), ele teve insuficiência respiratória e pneumonia aspirativa (infecção pulmonar).



Pignatari foi um dos principais nomes do concretismo, ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos --com quem editou a revista "Noigandres", no anos 1950. Também com os irmãos Campos publicou "Teoria da Poesia Concreta", em 1965.



Nascido em Jundiaí, em 1927, Pignatari publicou seus primeiros poemas em 1949 na "Revista Brasileira de Poesia".

Em 1950, lança seu primeiro livro de poemas, "Carrossel".



Formou-se em direito pela USP, em 1953, e, três anos depois, lançou o movimento da poesia concreta com o grupo Noigandres, a partir da revista publicada em 1952. Em 1956, o grupo publica "Plano-Piloto para a Poesia Concreta".



Lançou "Poesia Pois é Poesia" em 1977. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1983 e 1987. Em 2009, lançou o livro infantil "Bili com Limão Verde na Mão". Há cerca de um ano, havia voltado a morar em São Paulo, após ter passado pouco mais de dez anos em Curitiba (PR).



Também teórico da comunicação, Pignatari ajudou a fundar a Associação Brasileira de Semiótica, nos anos 1970. Autor de "Informação, Linguagem e Comunicação" (1968), traduziu obras de Marshall McLuhan, como "Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem".



"A importância dele não pode ser subestimada. Era uma das inteligências mais incisivas que este país já teve", disse Frederico Barbosa, 51, poeta e diretor da Casa das Rosas. De acordo com Barbosa, a família não vai fazer velório e o enterro será nesta segunda (3), ao meio-dia, no cemitério do Morumbi, em São Paulo.



Leia mais sobre Pignatari aqui.


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