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Nota de Falecimento

Alcides Amaral, ex-presidente do Citibank

31.01.09

Morreu na manhã da última sexta-feira, 30, em São Paulo, o jornalista e ex-presidente do Citibank Alcides Amaral, de 72 anos.


Formado pela Cásper Líbero e tendo concluído um curso intensivo em administração de empresas na FGV, ele iniciou sua vida profissional, em 1955, trabalhando duro: de dia, como escriturário no Citibank, e, à noite, como repórter dos Diários Associados. Depois de seis anos, decidiu abandonar temporariamente o jornalismo e seguir a carreira bancária. Uma opção bem-sucedida.


Blogueiro, ex-colaborador de O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil, entre outros, e ex-colunista de O Globo, o paulista Amaral gostava muito de escrever e voltou ao universo dos textos depois que se aposentou do banco, em 1997.

Além do cargo no Citibank, comandou a Associação Brasileira de Bancos Internacionais.

É autor de Os limões de minha limonada, livro com pitadas biográficas, publicado em 2001. 
 
Amaral deixa a mulher Norma e quatro filhos e preparava um segundo livro, não concluído.


De origem simples, estudou em escola pública.


Segundo registra o Estadão, nos anos 80, com problemas de saúde, seguiu o conselho de sua mãe para acreditar em algo mais. Foi quando tornou-se devoto de São Judas Tadeu. Dizia que foi quando aprendeu ter "muito mais a agradecer do que a pedir".


Um íntimo companheiro dos tempos de Citi o descreveu ao Jornal do Brasil como “um sujeito irritantemente ético, extremamente justo e muito sério, com discreto senso de humor.


Em nota, o Citibank lamenta a perda e diz que Alcides Amaral "sempre foi uma referência para todos nós do Citi e, sem dúvidas, deixará um enorme legado e muitas saudades."


O enterro aconteceu neste sábado, 31, no cemitério Getsêmani, em São Paulo, às 14h. Mais de 30 coroas de flores lamentaram sua partida.


Leia um de seus últimos artigos, sobre os bancos e a crise econômica mundial, aqui.


Leia e escute trechos de entrevista recente à Época Negócios aqui.


"Serão necessários pelo menos 5 anos para que a economia global se recupere e 2009 e 2010 serão anos críticos para o Brasil. O governo projetou suas despesas com base num crescimento de 5% ao ano, hipotecando os próximos anos num nível acima do que deveria, já que a taxa de crescimento do país em 2009 deve ficar entre 2 e 3%", sinalizou o ex-presidente do Citibank no Brasil, em novembro passado.


 

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