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Sebastião Salgado, aos 81 anos
Sebastião Salgado, um dos mais reconhecidos fotógrafos do mundo, morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos de idade.
Ele vivia em Paris e enfrentava problemas decorrentes de uma malária que adquiriu nos anos 1990, segundo a Folha.
O mineiro, nascido na cidade de Aimorés, era economista de formação, e trabalhava na Organização Internacional do Café no início da década de 1970. Fez sua primeira sessão de fotos durante uma expedição aos cafezais da África e a partir daí mergulhou no universo da fotografia, tendo iniciado carreira na área em 1973. Seu trabalho o levou a percorrer mais de 120 países.
Globalmente reconhecidos, seus projetos fotográficos como “Trabalhadores”, “Gênesis” e “Êxodos”, refletiam o cuidado com a vida humana e com a natureza como um todo, em registros de imagens em preto e branco.
Atuou em agências de notícias e ficou famoso mundialmente em 1981, quando clicou a foto do atentado a Ronald Reagan, então presidente dos EUA.
Em 2015, "O Sal da Terra", que documenta o trabalho de Salgado ao redor do mundo, foi premiado com César de melhor documentário no Festival de Cinema de Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Codirigido entre Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, o filme traz um pouco da longa trajetória do fotógrafo e apresenta "Gênesis", expedição que buscou registrar civilizações e regiões do planeta até então inexploradas, por meio de imagens.
Atualmente, há uma mostra com o trabalho de Salgado no centro Les Franciscaines, na comuna francesa de Deauville, aberta ao público até 1º de junho e organizada em colaboração com a Maison Européenne de la Photographie, segundo a Forbes.
No ano passado, a 20ª edição do Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia de Paraty, que aconteceu em setembro, homenageou Salgado (leia aqui). Em 2022, o fotógrafo realizou a mostra “Amazônia”, em São Paulo (leia aqui), exposição que reuniu 205 fotos inéditas que mergulhavam no coração da floresta, convidando a pensar na biodiversidade, no futuro do planeta e na urgente necessidade de proteção dos povos indígenas.
Salgado era membro da Academia de Belas Artes francesa, Embaixador da Boa Vontade da Unicef, além de ter sido membro honorário da Academy of Arts and Science, dos EUA.
O Instituto Terra, fundado por Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, em 1998, como parte da luta de ambos pelo meio ambiente, publicou o seguinte comunicado nas redes sociais:
"Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador.
Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora.
Neste momento de luto, expressamos nossa solidariedade a Lélia, a seus filhos Juliano e Rodrigo, seus netos Flávio e Nara, e a todos os familiares e amigos que compartilham conosco a dor dessa perda imensa.
Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar.
Nosso eterno Tião, presente!
Hoje e sempre.
Instituto Terra"
Nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos.