Nota de Falecimento

Um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea, o escritor Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado (30), aos 88 anos, em Porto Alegre (RS), devido a complicações decorrentes de uma pneumonia.

Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Moinhos de Vento desde o último dia 11.

Nascido em 1936, na capital gaúcha, morou nos EUA quando era criança (a partir de 1941), já que o pai, o também escritor Erico Verissimo, era professor de literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland. Voltou ao Brasil em 1956.

Luis Fernando teve mais de 70 livros publicados, de romances a crônicas e contos, bem como obras infantojuvenis e quadrinhos, sempre trazendo à sua escrita a ironia e o humor crítico e afiado característicos de seu estilo.

Iniciou carreira em 1966, no jornal Zero Hora, como revisor. Depois trabalhou como tradutor e redator publicitário no Rio de Janeiro.

Seu primeiro livro, "O Popular", foi publicado em 1973. Criou a tirinha "As cobras", nos anos 1970, que podia ser vista nas páginas da Folha da Manhã. Entre suas obras estão "Ed Mort e outras histórias", de 1979, "O analista de Bagé", de 1981, "A velhinha de Taubaté", de 1983, "Comédias da vida privada", de 1994 (que deu origem à série exibida pela Globo), "Comédias para se ler na escola" e "As mentiras que os homens contam", ambas de 2000. Foram 5,6 milhões de cópias vendidas.

No final da década de 1980, foi um dos roteiristas do humorístico "TV Pirata", da Globo. Escrevia colunas para os jornais O Estado de S.Paulo, O Globo e Zero Hora.

Introspectivo, o escritor se autodeclarava uma pessoa tímida - era reservado e não gostava de falar em público ou de conceder entrevistas. Era apaixonado por jazz - teve aulas de saxofone quando morou nos EUA - e por futebol (era torcedor do Internacional).

Nossos profundos sentimentos aos amigos e familiares.