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Nova agência

Razorfish, oficializada no Brasil, condena BV

18.05.10

A agência digital Razorfish oficializou, nesta terça-feira (18), o início de suas operações no Brasil.

Uma das primeiras agências digitais do mundo, criada em Nova York em 1995, a Razorfish iniciou seu processo de expansão há cinco anos, com a abertura de cinco escritórios na Europa e, numa segunda etapa, de mais três escritórios na Ásia.


Agora, a agência chega à América Latina, com plano de inaugurar, além da operação brasileira (em São Paulo), mais um escritório na cidade do México, no final do ano, e outro em Buenos Aires (Argentina) em 2011.

De acordo com José Martinez, diretor da Razorfish para a América Latina, a escolha do Brasil ocorreu também pelo aquecimento da economia local, mas principalmente porque a população brasileira utiliza muito a internet, com destaque para as redes sociais.

"Por outro lado, o investimento local em mídia digital ainda é muito pequeno. O Brasil é o país mais conectado e com menos investimento no meio online. Essa é uma realidade que deve ser modificada", aposta o executivo.

A Razorfish chega ao país atendendo a três clientes, mas por enquanto só revela o nome de um, o portal Terra. "Em breve, poderemos anunciar os outros dois", promete Fernando Tassinari, gerente geral do escritório em São Paulo.

Tassinari defende que a agência digital chega ao país em um momento adequado, em que os anunciantes estão percebendo cada vez mais a importância do investimento em estratégias digitais.

"A Razorfish trabalha com o conceito de 'business transformation', ou seja, com o foco na mudança do negócio do cliente e não apenas na publicidade ou somente no marketing. Nosso objetivo é mostrar ao cliente como seu negócio pode se beneficiar com o meio digital, como ele pode atingir retorno sobre o investimento", afirma.

O vice-presidente sênior de estratégia e planejamento da Razorfish, Joseph Crump, apontou o modelo de negócios do mercado publicitário brasileiro, em especial a prática da bonificação por volume (BV), como o grande empecilho para o crescimento da mídia digital no país, na contramão do que acontece em todos os outros locais do mundo.

"BV incentiva a agência a criar apenas para televisão. Isso explica porque o Brasil é um país tão conectado, mas com um percentual tão baixo da internet no bolo publicitário", argumenta Crump, destacando que a prática de bonificação é ilegal nos EUA e em muitos outros países do mundo e que a Razorfish não adotará esse sistema de remuneração.

Crump diz ainda que a agência trabalhará num processo de "educação do cliente" no país. "O anunciante tem que questionar por que ele só está investindo 2% ou 3% em mídia digital enquanto em outros países do mundo esse índice chega a 20%, 30%", declara.


A operação brasileira da Razorfish contará com 25 funcionários e a meta da agência é ter de quatro a oito clientes na carteira este ano.


O faturamento global da agência digital é de US$ 325 milhões e o objetivo com a operação latino-americana é de que ela represente de 10% a 15% do negócio global, em cinco anos.


Comentários

Dickson - Peixe fora dágua, que chega querendo dar murro em ponta de faca, no final, acaba virando patinho de borracha....


Emanoel Castro - @emanoelcastro - Isso ainda vai dar o que falar viu... Agência Click, 4Gmpon e Gringo que se cuidem...


 

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