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Mesa discute caminhos da direção de arte
O tema A Direção de Arte Hoje levou uma multidão para a Sala de Espelhos no domingo, 2, fim de tarde, no Memorial da América Latina, onde acontece o Festival do CCSP.
Mediada por Valdir Bianchi, da EC, a mesa de debate ainda contou com Cássio Moron (Loducca), Bruno Prosperi (AlmapBBDO), Guilherme Jahara (Leo Burnett Tailor Made), Pedro Izique (W+K) e Max Geraldo (Lew'Lara).
Assuntos como a diferença entre criar para offline e online, como anda a relação com os fotógrafos e como vem sendo formada a nova geração de profissionais do ramo foram discutidos pela mesa.
Bianchi começou questionando como a direção de arte tem sido aplicada na mídia impressa e se estamos conseguindo ser criativos quando é este o suporte. Moron disse, então, que a direção de arte tem que seduzir, não importa o meio. A mídia impressa é muito importante para o mercado brasileiro e dificilmente perderá espaço. Porém, na Loducca, não pensamos no meio mas sim na ideia. Direção de arte é referência, é o que as pessoas vão ver com seu olhar, o sentido mais poderoso.
Já Bruno Prosperi contou que, na Almap, não existe divisão entre criar para online ou offline e que este é o caminho daqui para frente. Todos concordaram. Jahara ainda completou dizendo que a raiz, a base da criação é a mesma para qualquer tipo de suporte ou mídia, e que é assim que deve ser.
Indagados sobre como trabalham com fotografia, Pedro contou que sente falta de mais devolutivas e ideias vindas dos fotógrafos, como acontece no mercado internacional. Acho que eles poderiam agregar mais e não apenas na parte técnica.
Moron lembrou que o custo fotográfico é muito caro, no Brasil, e que cada vez está mais difícil de convencer os clientes a aprovar estes altos custos. Também é muito importante saber brifar e direcionar o fotógrafo. Tarefa que parece fácil, mas não é, completou.
Jahara lembrou que a direção de arte está em tudo, destacando-se inclusive nas mídias sociais: Está provado que as pessoas clicam muito mais em posts que têm imagens do que aqueles que não têm. Precisamos usar isso da melhor maneira possível, o layout, a imagem, a tipologia. Sempre.
Bianchi quis saber como os diretores de arte presentes estão vendo a garotada. Max comentou que vê claramente dois tipos: aquele que é o melhor assistente de arte do mundo, mas não é criativo, e aquele outro que quer crescer, traz ideias e quer contribuir de qualquer jeito. Não existe certo ou errado, são perfis diferentes. O criativo ainda lembrou que, fora os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, é difícil existir o cargo de assistente de arte. Em Belo Horizonte, por exemplo, você, como diretor de arte, acaba fazendo tudo.
Jahara foi enfático ao dizer que falta embasamento à esta nova geração: Você fala de Bauhaus e ninguém sabe o que é. Moron concordou e completou: a formação está fraca e acaba sobrando para a agência o papel de formar seus alunos.
Perguntado pela plateia sobre o que procura na hora de contratar um estagiário/assistente, Valdir Bianchi disse que o conhecimento é, claro, fundamental, mas que precisa ter paixão e fogo nos olhos.