Novo Festival do CCSP

Ryan Hurley, diretor criativo da Hurley, falou sobre sua marca, voltada para jovens, na palestra “Microphone for Youth”, que rolou nesta segunda-feira (03) no Auditório Simon Bolivar, no Memorial da América Latina, no terceiro dia do Novo Festival do CCSP.



Ele contou que a marca nasceu em 1999, na Califórnia. Antes de lançar a companhia, seu pai já fazia pranchas de surfe, desde 1975. Por 20 anos, a família licenciou a marca Billabong nos EUA.

A ideia de lançar uma marca que fosse um "microfone para os jovens" veio da percepção de que eles são muito criativos e muitas vezes as empresas, em vez de ouvi-los, tentam ditar o que é ou não cool. "Nossa ideia foi fazer uma marca de inclusão, preocupada com questões sócio-ambientais, principalmente a questão da água, que está diretamente relacionada com o universo do surfe", contou. "Numa época em que as redes sociais ainda não existiam, nós lançamos um site em que os jovens tinham espaço para compartilhar suas ideias e fazer upload de vídeos", comentou.

Em 2003, a marca firmou parceria com a Nike, "porque achavam que era a melhor marca do mundo no papel de conectar consumidores e esportes", disse.

Hurley reforçou que a empresa não cria muitas coleções, mas foca em certos itens da moda praia. Eles desenvolveram, por exemplo, tecnologia para que a bermuda de surfe tenha maior aderência ao corpo do esportista. "Não tinha nada especial na área de bermudas para surfe. O design era pesado, tecidos pesados, nenhum modelo levava a performance em consideração". 

Ele também comentou que a empresa utiliza materiais recicláveis para, por exemplo, confeccionar sua linha de pranchas.

"Modificamos 40 milhões de garrafas pet por ano para produzir pranchas", contou.

Entre os projetos sócio-ambientais da Hurley, ele citou um que tem como objetivo levar água limpa para a população da Amazônia, em uma parceria entre a ONG Waves for Water (do ex-surfista Jon Rose), a Loducca, o Movimento CYAN (da AmBev) e a Nextel (leia mais aqui).