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Premiações, cases e a São Silvestre
Participar como jurado do Effie Awards em 2010 me deu uma nova perspectiva sobre a importância dos prêmios para agências e clientes no cenário da comunicação.
Eu sempre olhei a maioria dos prêmios com alguma desconfiança: peças fantasmas, egotrip das agências ou falta de comprovação de resultados são alguns dos motivos.
Não é raro vermos cases vencedores de produtos ou serviços que não deram certo ou, por outro lado, cases que se auto-intitulam responsáveis por sucessos oriundos de uma estratégia muita mais complexa do que lançamento de um comercial, um novo site ou uma promoção.
Estou com um novo olhar, começando pela seriedade dos critérios avaliados pelos meus colegas jurados. O tripé estratégia, criação e resultados visando atingir o(s) objetivo(s) declarado(s) foi buscado nas últimas instâncias dos trabalhos inscritos. Uma peça solta ou uma bela estratégia mal executada não convencem mais.
E por mais que a indústria da inscrição de prêmios esteja cada vez mais sofisticada, nada convence mais do que o resultado: concreto, quantificado, auditado, sem enrolation.
Lógico que ganhar um prêmio é excepcional, mas os benefícios da decisão de participar da competição são bem maiores. O processo da inscrição requer rigor, controle, seriedade e planejamento, características que permanecem na agência por mais tempo do que a embriaguez do sucesso pontual.
Por experiência pessoal, faço a comparação com o corredor de final de semana que resolve participar da São Silvestre: sem o mínimo de treino não dá para subir a Brigadeiro.
Para os corredores: acordar mais cedo e suar a camisa. Para as agências: aproximar-se do cliente, rever sua capacidade criativa e orientar-se por resultado.
No pain, no gain. Passada a São Silvestre, a competição seguinte nos dá motivação para continuar treinando, tal qual a próxima premiação mantém a agência orientada para melhorar tudo que aparece óbvio depois que o resultado é anunciado.
Esses prêmios também elevam a qualidade dos trabalhos vindouros, uma vez que os próprios clientes e agências acabam exigindo muito mais uns dos outros.
O off vira on que vira uma boa ideia e, o que parecia impossível, mostra-se viável. O status quo do que era considerada uma ótima solução até bem pouco tempo entra em xeque.
Longa vida às premiações e às competições que nos trazem motivação extra para o dia-a-dia.
E, pensando bem, será que ainda dá tempo para fazer bonito na São Silvestre?
Paulo Loeb é sócio da Agência F.biz e presidente do comitê de agências do IAB. ploeb@fbiz.com.br