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Vazamento de dados: testar é sempre o melhor caminho (Felipe Carvalho)
Recentemente, novas informações sobre os fatores de ranqueamento do algoritmo de pesquisa orgânica do Google vieram à tona, gerando um grande debate nas comunidades de SEO e tecnologia. Muitas marcas estão se perguntando como essas revelações impactarão suas estratégias a longo prazo e sua performance online. Uma conclusão é certa: os segredos revelados reforçam a importância de se testar alternativas, sempre.
O mercado sabe que algoritmos de busca coletam milhares de dados dos domínios, variando seus pesos de relevância de acordo com o segmento de cada site. Por isso, a comunidade global de SEO testa, constantemente, variáveis específicas para entender seu impacto na pesquisa orgânica e essa é uma prática que deve ser permanente. Os algoritmos são atualizados recorrentemente, com grandes mudanças, várias vezes ao ano. Nesse cenário, testes contínuos são essenciais para entender e se adaptar a todas essas oscilações e mudanças, incluindo as geradas pelos segredos revelados há algumas semanas.
Uma das maiores surpresas para webmasters e profissionais de SEO foi a identificação de que o Google pode coletar dados sobre o comportamento dos usuários a partir do Google Chrome e das SERPs (páginas de resultados de busca). Isso inclui monitoramento de cliques, engajamento do usuário, retorno à SERP (indicativo de que o usuário não encontrou o que procurava) e tempo de engajamento (quanto mais tempo o usuário passa na página, maior a probabilidade de ter encontrado conteúdo relevante).
Com essa visão ampliada do algoritmo, os profissionais de SEO têm mais insumos para definir hipóteses e realizar novos testes de performance. A possibilidade de obter mais insights sobre a engenharia de dados do Google e a composição algorítmica oferece novas oportunidades de otimização. Para capitalizar essas novas informações, é importante continuar com práticas já estabelecidas, como testes e aprendizado contínuos, identificando novas oportunidades e adaptando estratégias conforme o contexto dos sites.
A gestão da reputação da marca também deve continuar sendo prioridade. É essencial a verificação recorrente de performance, com monitoramento de impressões, cliques, posicionamento, aquisição ou perda de palavras-chave e comportamento do usuário. Além disso, é necessário um acompanhamento robusto dos concorrentes para entender o que tem dado certo no universo dos competidores.
Com base nessas novas informações, podemos esperar mais volatilidade nas SERPs, já que a exploração dos novos conhecimentos pode causar instabilidade nos rankings. Variações de posicionamento também são prováveis e atualizações frequentes do algoritmo principal do Google são esperadas para evitar manipulações. O aumento da competição no mercado orgânico é inevitável.
Para construir uma estratégia de SEO sólida, é crucial analisar criticamente os dados disponíveis e as descobertas da comunidade. O universo de SEO é cheio de incertezas. Exige uma “fonte da verdade” que nem sempre é possível encontrar. Uma estratégia de SEO eficaz deve se alinhar com o objetivo do Google de fornecer a melhor experiência ao usuário e utilizar os resultados da comunidade para otimizar ações diárias.
Em vez de explorar deficiências do algoritmo do Google, o foco deve ser melhorar a usabilidade do ambiente digital para atender às intenções de busca dos usuários. Para empresas que já seguem boas práticas de SEO, como a criação de conteúdo de qualidade focado na intenção de busca, otimização técnica e acompanhamento de resultados orientado por dados, essas revelações não devem trazer mudanças significativas na prática. É essencial contar com um time de inbound marketing, altamente especializado, atento às mudanças no setor, sempre em contato com parceiros e pronto para repassar descobertas que podem agregar valor às suas estratégias. SEO não é commodity, mas um diferencial competitivo e eficiência.
Felipe Carvalho, diretor de inbound marketing Latam e membro do board da Monks Brasil
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